CABELEIRA: Então é o seguinte: vou te mandar uma letra invocada agora: acho que meu coração te escolheu, morou? Quem escolhe é o otário do coração, e quando eu te vi meu relógio despertou pensando que era manhã de sol.
BERENICE: Tu tá é de conversa fiada, rapá… Coração de malandro bate é na sola do pé e não desperta, não, fica sempre na moita!
CABELEIRA: Pô, mina… Já viu falar em amor à primeira vista?
BERENICE: Malandro não ama, malandro só sente desejo.
CABELEIRA: Assim não dá nem pra conversar…
BERENICE: Malandro não conversa, malandro desenrola uma idéia!
CABELEIRA: Pô, tudo que eu falo, você mete a foice!
BERENICE: Malandro não fala, malandro manda uma letra!
CABELEIRA: Vou parar de gastar meu português contigo.
BERENICE: Malandro não pára, malandro dá um tempo.
CABELEIRA: Falar de amor com você é barra pesada.
BERENICE: Que amor nada, rapá. Tu tá é de sete-um!
CABELEIRA: Malandro vira otário quando ama.
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