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Saturday, February 02, 2013

Lembras-te da frase? Aquela que usámos tantas vezes, em jeito de desculpabilização, com um tom de a-culpa-não-é-minha-e-isto-é-mesmo-assim. O quê? A vida, claro. Não se escolhe de quem se gosta dirias, e eu e as duas senhoras da mesa do lado que pararam a conversa há cinco minutos para nos ouvir, fazemos um ar grave e acenamos com a cabeça como se tivesses dito a frase mais sábia do mundo. Pois não, murmura uma delas, e faz-se um momento de silêncio em todo o café para absorvermos a gravidade das tuas palavras e a música que está a tocar ao fundo, são os Belle & Sebastian que cantam "I Don't Love Anyone", e como é que é possível, num momento tão solene como este.
E agora digo-te que se calhar tens razão. Mas que há um dia em que escolhes, e que a tua escolha é muito simples: não escolhes de quem gostas, mas escolhes de quem não gostas. E tornaste essa minha escolha tão fácil.

Sunday, September 11, 2011

inevitável

Foi há precisamente 8 meses que estava a caminho de lá. O que quer dizer que foi há uns 7 meses e meio que estive no sítio da ferida que ainda não sarou. Que está aberta para quem a lá for ver.

No meu caso, foi simples. Senti-me mal. Senti-me angustiada, um mau estar incrível que não tinha explicação nenhuma. E foi aí que olhei à volta e percebi onde é que estava. Que vi o buraco. Revivi coisas pelas quais eu não passei, só com o pensamento "e se eu estivesse precisamente aqui naquele dia?". Não estive. Estava no Colombo e não sabia o que é que se estava a passar para as pessoas estarem todas à volta das montras das lojas de televisões. Chegámos ao carro e os meus pais com um ar muito sério explicaram-nos sobre o que era um atentado, o que queria dizer terrorista e o que é que tinha acontecido em Nova Iorque. "Vamos embora, por favor vamos embora", disse eu 9 anos e 4 meses depois do dia em que tudo mudou no mundo. Não me lembro como era antes. Sei como é agora. E por muito que crie a situação hipotética, não imagino sequer o que é sentir na pele uma coisa dessas. E sim, é dia de relembrar os que morreram, os que lá ficaram a salvar desconhecidos, os que perderam pais, mães, irmãos, o amor das suas vidas. E a cidade. Como se algum dia nos esquecêssemos dela.

Manhattan vista de Liberty Island. Janeiro 2011

Wednesday, August 31, 2011

insónia

Ontem. Não se cura com filmes nem livros. E nada prepara para acordar cedo e ir para a aula de espanhol. Espera-se que se aprenda a lição, mas já está na hora e daqui ninguém me tira. Bonito. Estou para ver amanhã.

Saturday, July 23, 2011

Monday, November 01, 2010

coisas novas trazidas pelo novo mês

Acho que o meu carro morreu. O segundo em 3 anos. É oficial: sou péssima dona/mãe de carros. Questiono-me se a solução será arranjar um motorista ou comprar um carro novo. Ou então o costume - paciência, cara alegre e carris. É que no período de luto anterior era Verão, e sempre dava para andar a pé, o que com este tempo é um tanto ou quanto impossível. (vá lá, riam-se muito e digam que eu mereço bastante. bem que andei a puxar a corda.)

Friday, September 10, 2010

diz-se disto que o feitiço se virou contra o feiticeiro

Só pensava mais valia não ter desejado que me visses bem disposta e feliz na televisão, e que pensasses que de facto eu estava óptima e maravilhosa. Mas não, não conseguiste arruinar o meu almoço. Tive foi que explicar o meu engasgamento. E sabes, os meus interlocutores foram da mesma opinião que eu: wanker. Que é como quem diz, grand'otário.

Thursday, September 09, 2010

eu e a loja francesa que deixou de ser a minha preferida

Eu: Boa tarde!
Senhora dos livros: (nada. Não me respondeu)
Eu: Desculpe, boa tarde!
Senhora dos livros olha para mim com um ar bovino estilo "siiiim?"
Eu: Desculpe, por acaso não tem o livro X do autor Y?
Senhora dos livros: Não temos nada do Y.
Eu: Er, hum... têm. Está aqui uma prateleira cheia de livros dele. (e aponto para a prateleira com uma etiquetazinha a dizer "Y")
Senhora dos livros: Ah. E está aí o livro X?
Eu: Não (e penso se estivesse não te tinha perguntado, espertalhona.)
Senhora dos livros: Então temos que ir ver no sistema, não é?
Eu nem respondi. Já era demais. Não tinham o livro. Graças a Deus. Já fiquei suficientmente aborrecida por TER que trazer outro que queria mesmo muito e indirectamente pagar o salário daquela monstra. Para a próxima peço o livro de reclamações.

Friday, June 25, 2010

last night a DJ saved my life

Ou então nem por isso. Três semanas a portar-me tão bem, e vou sair para espairecer, e o senhor DJ, que nem tenho palavras para descrever, põe-me de enfiada os Radiohead e os Oasis. É de cortar os pulsinhos. Observações:

1. PORQUÊ?
2. A sério, o Creep a meio da noite? Só naquela do "vamos deprimir um bocadinho e já voltamos ali ao David Guetta"
3. Não é de mim - não fui a única a queixar-me
4. Ver ponto 1. e repetir com mais pontos de interrogação.

Friday, April 16, 2010

querido facebook:

Se quero ir à Festa da Revolução no próximo fim-de-semana? Não, obrigada.

(agora, quererei ver o Sócrates a fazer mais uma das suas? Quero sim, muitas vezes, que já está no youtube. Não digo é uma só palavra sobre o Primeiro Ministro. Estas duas, acompanhadas do filme, são suficientes.)

Saturday, April 10, 2010

há coisas que por não perceber, me transcendem.

E portanto, vou escrever uma ópera-rock. Não baseada nas músicas da Lady Gaga, mas noutras, ainda me estou a decidir. Vai ser um dramalhão, claro está, o final ainda está em aberto, tudo pode acontecer. E se calhar é aqui que o Manel diria eu quase amei a forma como tu mentias, limpando os pés ao meu sorriso. É claro que achas que eu não presto, é claro que achas que eu não sirvo. Se calhar ponho umas do Manel lá no meio. E depois da minha superprodução, dedico-a a quem de direito. Não percebo porque é que não aprendemos mais com as músicas - está lá tudo. Se não estiver, sintonizem a rádio numa estação dita pirosa e depois digam-me de vossa justiça. Ou então escrevo as músicas, escrevo os textos, só não componho porque ao contrário de outros nascidos no meu dia, não tenho assim queda para música.

Ou então vou-me só deitar, esquecer-me disto e deixar o transcendente para o outro mundo. É isso mesmo que eu vou fazer. Ou citando o Pacman, se calhar penso demais, se calhar não devia, se calhar cago nisso - e amanhã, é outro dia.

Monday, March 29, 2010

sem explicação

O meu ipod ficou doente no Sábado. Se há doenças de ipod, esta é uma delas. As capinhas estão todas baralhadas, estava a ouvir o Paul McCartney e aparecia a capa do álbum do Kanye West.
É uma estupidez mas estas coisas não podem de todo deixar-me bem disposta. Tive um amigo que era capaz de me perceber, e já agora gozar um bocadinho. Aposto que foi ele que nos rogou uma praga, a mim e ao meu querido ipod. Já agora, gostava de saber como solucionar o meu problema sem ter que fazer um reset total ao sistema, e perder as minhas listas e as minhas playcounts e essas coisas. Qualquer ajuda é bem-vinda.

Sunday, March 28, 2010

take the simple truth and twist it all around

Disse aqui que da próxima vez que houvessem descidas a pique, tirava as mãos para fora do carrinho. Não vos enganei, queridos leitores. Acho foi que me esqueci de pôr o cinto, ou aquela barra de ferro que se costuma baixar para ninguém cair do carrossel. Grave, indeed. Temo - e isto é grave - ferimentos e queimaduras, que quem brinca com o fogo já se sabe.
Para além destas brincadeiras, percebi que pelos vistos o meu lápis encarnado da censura não está a funcionar tão bem como devia no que diz respeito a ambiguidades. Eu devia saber. De facto, já dizia o Spínola que a mais eficaz das defesas será não parecermos o que se diz sermos. Há que reconhecer que, se não somos realmente o que nos imputam, talvez por vezes o pareçamos ou procedamos de tal modo que sem dificuladade os nossos detractores ajustam essa aparência ao que mais lhes convém.

E agora que nos próximos dias deve vir cá tudo espreitar - se calhar os meus detractores nem tanto, mas esses ratos estão sempre à espreita mesmo - era exactamente isto que eu queria dizer. Não há segundos sentidos possíveis.

Saturday, February 20, 2010

então e as leis de Murphy?

As coisas não podem mesmo correr bem um dia inteirinho sem que o seguinte seja do piorio. Hoje, até temporal. Bonito.

Monday, December 28, 2009

hoje sou mesmo a shirley

I wish I had not woke up today
Everyone mistakes the things you say
Take the simple truth and
Twist it all around
Make it sound important
Make it seem profound

I never would have pegged you
For what you have become
Everyone lies
Everyone cheats
Not like you've done

You make me feel so worthless.

Garbage - Dog New Tricks

Saturday, December 26, 2009

Há uns tempos tive uma vontade que agora classifico de estúpida em escrever (mais) um post lamechas, desta vez sobre o facto de uma Blair nunca ser ela própria a 100% sem a sua Serena. Que bonito, eu sei, e estive mesmo quase a vir aqui escrever, carregar no botãozinho, e toca a enviar uma mensagem não-tão-subliminar para a blogosfera. (odeio esta palavra. de morte.)

Ia fazê-lo porque sei que apesar de não ser lida por muitos, sou lida pela(s) pessoa(s) a que eu queria que a mensagem chegasse. E ia chegar, que cá não há pouco entendidos nisto. No entanto ontem fiz outra coisa. E, para encerrar de vez este assunto daquilo que eu queria escrever e não escrevi, li uma coisa agora mesmo que se encaixa. Até é mais apropriado. Fits beautifully, como o meu lindo auricular. E o que fica, é só isto. Leiam lá tudo e vejam se a carapuça também vos serve.

"Quando uma amizade termina entre equívocos e desilusões, não resistimos a erguer
o nosso muro de Berlim contra os ex-amigos. É então que se inicia uma espécie de
Guerra Fria entre todos. Sem agressões, desaforos directos, mas sempre em
qualquer caso com a ameaça omnipresente e constante de que as hostilidades
poderão começar."

Thursday, November 05, 2009

they ruled my world.


Uma aula de dúvidas. Uma viagem de metro. Uma corrida, outra a seguir. A chave não funciona. Já passa das 21h. Até aos Restauradores. Parar o carro. Mais uma corrida - as outras não chegaram. Ainda bem que temos os nossos lugares, eles ainda não chegaram, uff. Olhar à volta, estão quase, aí vêm.
Duas horas e meia depois saímos com as maiores caras de parvos que o mundo já viu. Overwhelming (escrevi bem?) foi a palavra que me saiu da boca. Arrisco a dizer que foi dos melhores concertos da minha vida, um forte candidato ao primeiro lugar... Perfeito. Não tenho palavras ainda.

Para os que não estiveram lá... Fiquem com o alinhamento.

My Ship Isn't Pretty
24-25
Me In You
Love Is No Big Truth
I Don't Know what I Can Save You From
Second to Nunmb
Power of Not Knowing
Singing Softly to Me
Homesick
Know How
Stay Out of Trouble
Mrs. Cold
Renegade
Rule My World
Misread
Boat Behind
I'd Rather Dance With You

Encore
Corcovado
Cayman Islands
Little Kids

Friday, October 30, 2009

sobre o que aí vem

O dia está cinzento. Nem sequer há uma réstia de sol a alimentar a esperança de que se calhar, só se calhar, o Verão ainda não acabou. Os dias de sol, os dias felizes e despreocupados. Será que foi precisamente hoje que se foram?
Isto podia dar uma óptima metáfora. É que do sítio onde estou, nem um bocadinho de céu se vê. Tapado pelas paredes dos castelos de nuvens? Talvez. Ou se calhar a parede já é a da masmorra desse mesmo castelo.
Não quero ser mal interpretada - eu gosto do Inverno. Mas há quem não goste. Até suporto os dias curtos, e se algum dia tiver que ir viver para a Finlândia não creio que vá engrossar as estatísticas dos suicídios dos deprimidos com falta de sol... But I'm driving away from my point.
Acabou o Verão. E o Outono, que é tempo de mudança, torna-se inevitavelmente no Inverno. Não há como escapar. Face the reality... Chuva, frio, vento, tempesades, mau tempo. Il faut - dizia um amigo meu que o Universo está em equilíbrio, e esta é a prova disso. Às vezes faz falta um bocadinho de drama na metereologia. De que outro modo daríamos valor ao sol?
Não fiquemos tristes. Afinal, já sabíamos que assim era. Inevitável. Vamos render-nos às evidências, não chorar o Verão nem antecipar as agonias do Inverno. Ele há-de chegar, chega sempre... E quem sabe, se o próximo Verão não for como este, vai ser melhor. E se não for, é o seguinte, não é grave.
Portanto hoje, já que o tempo assim mo permite, despeço-me. Adeus, Verão. Boa estadia no hemisfério Sul, bons dias de sol sem mim, vamos voltar a ver-nos, we always do. Não se perca de mim, não me esqueça, não desapareça, dizia o Caetano. É verdade, se o vires, diz-lhe olá por mim, senão deixa estar. Eu vou estar no mesmo sítio, que o Inverno vem cá ter.
Só te peço uma coisa. Agora que vais, não leves a mal se eu não te receber como devia, caso voltes cedo demais. Já construí os muros do Inverno. Tenho andado a fazê-lo há uns dias, que já antecipava o mau tempo. Não tenho a certeza de saber lidar contigo, nessa altura. Faz as coisas como têm que ser feitas - não quero depois ter que fugir para procurar um Inverno que ainda não devia ter acabado.