Toda a gente ouviu falar do "tornado" que houve hoje em Lisboa. Fenómeno natural estranhíssimo. Eu também tive a minha quota parte de fenómenos naturais hoje - depois de usar óculos durante 12 anos (em part-time, vá), hoje o doutor J.P.N. diz-me que tenho visão de lince e que não me vai passar uns óculos por causa da minha (aparentemente desvalorizada!!) meia dioptria. Óptimo para mim, que a nós ratos dá-nos sempre jeito ver bem.
Voltava eu da CUF Descobertas, a pensar tenho-que-ter-cuidado-com-o-piso-escorregadio-porque-há-bocado-ia-derrapando-numa-poça-que-quase-engoliu-o-Falso quando parei no semáforo antes daquela ponte que dá para virar para as Olaias, casa da minha amiga T, etc, e que antecede o querido Lux. O que eu vi foi o seguinte, claro está, do ponto de vista de quem está precisamente onde vos disse:
(nota posterior: esta foi, by far, a melhor fotografia que encontrei.)
O dito na altura já estava a aproximar-se perigosamente. Eu, em cima da ponte, foi um instante em como de repente me vi quase submersa em algo que parecia uma onda gigante. E água, coisas a baterem-me no carro e afins, o Falso a aguentar-se enquanto atravessámos literalmente a coisa e chegámos ao outro lado. Vivos, mas a tremer. Eu mais que ele. Pronto, vivi para contar a história, mais uma vez estou bem (que inconsequente, pensam vocês, atravessar o "tornado"! Mas a verdade é que nem me apercebi bem do que era) e só com riscos no pára-brisas.
Para o ano, só por causa das tosses, não saio de carro dia 14 de Abril.
P.S. Claro que como é óbvio quando voltei a mim me senti um petit peu a Lisbeth Salander, que na fase em que eu estou já se cruzou com um Tsunami. Vicissitudes de estar completamente absorta nas minhas leituras.
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