Estivemos no seu café, mas não o encontrámos. Minto - a sua estátua estava no sítio do costume. Só o Fernando é que não. Pensei perguntar aos empregados, que certamente o vêem todos os dias na sua mesa de sempre, mas era cedo demais e apesar de estarem todos com ar ensonado enquanto tiravam os primeiros cafés, a cidade não espera. Como uma vez escreveu, cheguei a Lisboa, mas não a uma conclusão.
Por falar nela, só queria que a tivesse visto. Linda e enfeitada. Ontem à noite, nos lados da Sé, lembrei-me de si, e do outro Fernando ali nascido, que conhecemos como António e que estávamos todos a celebrar. Uns sabiam porquê, outros nem tanto, a outros assentava que nem uma luva as perucas do dito que estavam a oferecer. Esse António que lhe deu a si o seu segundo nome. Não pense que não sei, ninguém escapa ao segundo nome - e eu que o diga.
Parabéns Fernando. Era isto que lhe queria dizer. 123 anos não são nada para quem tem em si todos os sonhos do mundo.
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