Depois de ameças fortíssimas da minha mãe (amanhã apanhas, e ou vais apanhar sozinha de manhã ou vou contigo à tarde e passas uma vergonha como nunca passaste na vida) lá fui eu, determinada a, depois de três meses submersa em procrastinação, levar a primeira dose (atentar no primeira, foi como marcar torturas futuras, ora bem, é daqui a dois e depois daqui a seis) da minha vacina. Atentem na imagem que as próximas linhas vão produzir.
Cenário: a sala de espera do 3º andar do centro de saúde (aka. consultas infantis e vacinação). Na parede, vários cartazes que serviram na véspera para o meu pai me gozar, nomeadamente o "eu sou o canguinhas e não faço birrinhas", ou o "nas vacinas portei-me à maneira, disse a senhora enfermeira".
Personagens, por ordem de chegada:
Mãe 1 - aos berros ao telefone, com o seu filho de 8 anos ao lado de fato de treino. Demorou 45 minutos a levar a vacina.
Distinto senhor - não tão distinto, trintão, de calções, com um ar cool mas notoriamente farto de estar ali, que me disse vai na boa a casa buscar o telemóvel, que quando voltares isto ainda está na mesma. Estava mesmo. Demorou 7 minutos a levar a vacina. Quoting, "não houve cá conversas, claro que foi rápido".
Mãe 2 - com a sua criança de 7 anos, bem comportados. Demorou 15 minutos a levar a vacina.
Mãe 3 - com o seu bebé que não se conseguia calar, mas a senhora também não se esforçava muito para tal. Demorou 25 minutos para levar a vacina.
Outros relevantes na sala de espera que (felizmente) não foram às vacinas:
Casal e respectiva Ritinha - a piquena fez cocózinho e os papás não lhe mudaram a fralda a não ser meia hora mais tarde, depois de a querida ter impestado o ar enquanto brincava na casinha de plástico (mencionei que estava sentada ao lado da casinha?)
Grávida, Amiga e filho Rodrigo Miguel - então não é que o Rodriguinho gostava de abrir a boquinha e puxar pelas suas cordas vocais? Além de que adorou a casinha e foi lá bater-lhe. Muitas vezes. Muito barulho. Muitos gritos.
Senhora e filha - senhora essa que achou bem acalmar a sua filhota pondo o seu kizomba no telemóvel bem alto, para que a piquena curtisse um som. Se perguntou se não nos importávamos? Não, mas como eu era a única que parecia não apreciar o género musical, ficou. Fui chamada depois de 3 repetições da mesma música - tinha jurado que à quinta, ia apresentar as minhas diligências para que aquilo parasse.
E eu, perguntam vocês?
Fiz o meu melhor ar de "despachem-me que tenho que ir trabalhar-slash-deixem-me acabar o meu livro-slash-tenho medo da vacina-slash-calem-me estes putos". Mais ou menos 1h30 depois de ter lá chegado, estava verde com a espera. O balanço foi positivo sim, agora descobri que gosto disto das vacinas e ninguém me pára. As if. Mal posso esperar pela próxima dose, em Agosto, onde a este cenário se junta um calor abrasador. Prometo contar detalhes.
1 comment:
pussy!
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