Depois de ter começado a minha maratona de rever o Sexo e a Cidade, pus-me a pensar numa série de coisas sobre os assuntos do costume. Como por exemplo no facto de toda a gente ter o seu Mr. Big. Pensava eu assim até há uns dias.
(O Big. Confesso que sempre tive uma tiny crush por ele, apesar de ser velho e ter aquele nariz. Tudo aceitável. Likeable, mesmo.)
Há uns quantos, não um só, na nossa vida. Digo isto porque cada um tem o seu tempo. Infelizmente, sai um e passado uns tempos entra outro, dois, três, dos normais, até voltar outro Big que eventualmente há de ir embora. É que ninguém é a Carrie.
Passamos a vida a correr, não paramos um único segundo para pensar naquilo que, do nosso, é obra das outras pessoas que passaram. Eu consigo reconhecer partes: uma expressão daqui, uma banda que gosto dali, uma loja que conheci de lá. Somos uma manta de retalhos - que metáfora tão linda - e não havia alguém que dizia que eu sou eu e as minhas circunstâncias, ou qualquer coisa? Acho que sim. Tentem então tirar um ou outro, dos retalhos do meio. Eu tentei. Tentei, e foi aí que descobri que há uma série de sítios onde não podia ir, uma série de músicas que não conseguia ouvir, coisas de que não me podia lembrar, livros em que não podia pegar, filmes que não podia ver. Tirava uma data deles, muitos deles que até já lá estavam há muito tempo!
Felizmente descobri também - ainda por causa do SATC - que a Charlotte tinha razão: é matemático. Metade do tempo. Coincidência ou não. Falta-me a prova final, ir a um último sítio e estou pronta para seguir. Tocar a vida pra frente.
Sobre os Bigs, tenho a dizer que não tirei conclusões. Nunca há. Espero que um dia seja eu com o meu very own Mr. Big. O verdadeiro. Até lá, por mais cliché que pareça, houve uma única coisa que me deixou mais feliz que todas as outras nestes últimos meses - ter as minhas amigas de volta. Todas. É que nenhum Big ou not-so-big deste mundo supera isso.
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