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Sunday, April 08, 2012

é simples:



I've been holding out so long
I've been sleeping all alone
Lord I miss you
I've been hanging on the phone
I've been sleeping all alone
I want to kiss you.

Well, I've been haunted in my sleep
You've been starring in my dreams
Lord I miss you
I've been waiting in the hall
Been waiting on your call

I guess I'm lying to myself
It's just you and no one else.

Sunday, June 26, 2011

"It's important in life to conclude things properly. Only then you can let go. Otherwise you are left with words you should have said but never did, and your heart is heavy with remorse. That bungled goodbye hurts me to this day."

Yann Martel in The Life of Pi

Sunday, April 03, 2011

soundtrack:


I could drink a case of you darling, and I'd still be on my feet
Oh I'm still on my feet.

Sunday, January 09, 2011

as coisas que se aprendem no Lux


"O fim que tens garantido e o que tens escolhido são mais fáceis ao lado de um amigo. Este mês aprende a rodear-te de quem quer estar à tua volta."

Thursday, November 25, 2010

Tuesday, November 09, 2010

seguir os conselhos de quem sabe

"Sair dos dias. Não dormir. Não falar com ninguém. Ficar de fora do lá de fora. Ocupar o coração. À força. Ser como ele. É muito bom e faz muito bem.

Espera-se um bocadinho e, pouco a pouco, ele começa a correr para dentro de nós, aflito por atenção. Traz as coisas que adiámos, em que não reparámos, que não tivemos tempo de cuidar. E primeiro vêm as mágoas. A felicidade que recusámos. Sem saber. Sempre sem saber. A tristeza que fugimos. Voltam. É muito bom e faz muito bem.

Sair de nós. Cair nos outros. Não escrever. Ler. Não pensar. Lembrar. Os amigos quietos. O murmúrio do riso que riram. A família parada. O colo onde cabe a cabeça. O amor adormecido. Estas coisas acordam. E sossega saber que nós não somos nada sem eles. E mesmo com eles, quase nada. Escravos de carinhos somos nós, seguindo atrás, de braços abertos, numa fila sem fim. É muito bom e faz muito bem.

Sair dos trabalhos, do dinheiro, das palavras que nada querem ou conseguem dizer. Fazer gazeta. Faltar. Desobedecer. É um trabalho também. Não ir. Não responder. Não entregar. É cumprir também. Desmergulhar. Desfazer. Desacontecer. São tarefas também. Ainda mas difíceis, talvez.
É muito bom e faz muito bem.


Sair da ordem. Cair na doçura do acaso. Trocar de caos. Descer. Vestir a mesma roupa. Não fazer a barba. Beber. Fumar. Sem pausa. Sem razão. Ceder. Emergir. Abandalhar. Fazer o que não se está a fazer. Esticar a corda. Não atender. Desarrumar os livros. Passear pela casa como se fosse uma cidade destruída. Estragar.
É muito bom e faz muito bem.

Sair da vontade. Cair na estupidez. Não descansar. Ver televisão numa língua que não se compreende. Forçar. Esquecer.

Fazer o que não apetece fazer. Contrariar. Confundir. Comer atum de conserva com uma colher. Pôr o despertador para tocar mal se comece a adormecer. Dizer disparates em voz alta."Todos agora". Virar o bico ao pego. Arrepiar. Arrepender. É muito bom e faz muito bem.

Sair do corpo. Cair na alma. De chapão. Sem ver nada à frente. Receber os mistérios. Sem cerimónias. Sem compreender. Ser absorvido. Subjugado. E agradecer. Perder o norte, o fio, os sentidos. E gostar. Divertir. Desprender. Chafurdar na lama. Acriançar. Rir. Começar a chorar. Ser levado, enlevado, enganado, desprotegido, confuso, cruel. Desviado. É muito bom e faz muito bem.

Sair da vida. Cair na morte. Sofrer. Iludir. Acabar. Permanecer na cama. Pensar em tudo o que se faz como se fosse a última vez. Esmorecer. Querer voltar atrás e fingir que já não se pode. Confessar. Pedir. Esvaziar. Ter pena de quem se foi e do que se fez. Rejeitar o perdão, a redenção, a última oportunidade. É muito bom e faz muito bem.

É tão bom e faz tanto bem que, às vezes, cada vez mais, não apetece regressar. Tanto que só nos resta levantarmo-nos de onde caímos e, deixando-nos conduzir por tudo o que nos tolheu os passos desde o dia em que começámos a errar, na contramão das nossas almas, só nos resta procurar um sítio onde a nossa ida não se reconhece, não se aceita, não faz sentido, e entrar.

Entrar aqui. Daqui de onde nunca se sai. E ficar.
"

- MEC

só para arrumar este assunto de uma vez


parece que sim, que takes stupidity to listen to the heart.
(devia sim, Freddie. Devia mesmo.)

Saturday, November 06, 2010

oh sinnerman, where have you ran to?

I said: rock, what's the matter with you, rock? Don't you see I need you, rock?

Wednesday, November 03, 2010

sempre que não apanho o jornal ele escreve qualquer coisa que me tira o ar

"Ouçam, a paixão não faz fretes, ninguém quando está apaixonado liga para a outra pessoa porque tem que ser. Na paixão não tem que ser, é. Já o amor é o que se sabe, uma folha de cálculo, organizadinho, com a camisa aos quadradinhos, risquinho ao meio no cabelo, um exemplo para a família, bravo, bravo! Pois a paixão também o pode ser. E está na altura de não a subestimarmos mais. Alguém que diga que está apaixonado por outra, não pode ser tratado como se fosse um amante. A paixão pode também nunca morrer, pode ser para sempre, sem precisar dessa coisa do amor. A paixão é independente, é música alternativa. O amor é hit parade, é sucesso na rádio cidade. "

F.A. in Metro, 03.11.2010

Wednesday, October 20, 2010

mais vale um pássaro na mão do que dois a voar

Mas há uma música que gosto muito da Aimee Mann, que começa com uma deixa do filme Magnolia - now that I've met you, could you object to never seeing each other again? Quer isto dizer em bom português, que tal ires à tua vida e nunca mais chegares perto da minha? Ri-me tanto quando percebi. É que é mesmo isto.

Mas dessa lição dos dos pássaros é que não nos podemos esquecer. E que nem sempre é bem assim - às vezes mais vale abrir a gaiola e deixá-los ir todos embora.

Monday, October 11, 2010

queridos amigos (e desculpem o palavrão):

Não se preocupem. Eu perdoo todas as vossas incompreensões tal como sei que perdoam as minhas neurinhas. Agora percebo.
É que um sábio que me é muito querido escreveu uma vez que "O amor é fodido. Os outros, frequentemente, deixam de existir. São muitos. Não percebem nada. Querem ajudar sem se darem ao trabalho, que levaria anos, de tentar perceber."* - e from where I'm standing, acho que ele tinha razão.

Quer também isto dizer que gosto muito de vocês, I do.


*após a tão famosa frase terão os meus amigos óbiamente percebido que me estou a referir ao Miguel Esteves Cardoso

Wednesday, October 06, 2010

desculpem mas é mesmo preciso transcrever tudo


É mentira essa coisa de que somos iguais desde que nascemos. Eu recuso esta ideia. Nós somos a vida que levamos e como se isso fosse uma qualquer operação cirúrgica, vamo-nos transformando e ficando diferentes. Se o tempo não passasse nem andasse em frente, se não crescêssemos, nem falássemos, nem saíssemos de casa, talvez ficássemos mais iguais ao que éramos no primeiro dia. Mas a partir do momento, em que os dias passam e se sucedem, alteramo-nos. Para o bem. E para o mal.

Não sei se já terei dito isto, se calhar já disse, mas vejo as pessoas, todas as pessoas, como um qualquer computador, que à medida que vai sendo utilizado, vai alojando alguns vírus. Os vírus são as outras pessoas que nos passam, o que nos acontece na sequência disso, o que nos dizem, as injustiças, as blasfémias, também a glória e as festas, e sobretudo as horas que não devíamos ter vivido e que nos marcaram porque estávamos ali. Só isso. As pessoas deviam vir com antivírus, podia ser o Norton que dizem ser o mais eficaz, podia ser outro qualquer se quiserem assim, desde que com ele nada nos afectasse, processasse rápido mesmo que andasse por caminhos considerados perigosos. Por isso, acho que a vida devia ser igual a um vigilante e impiedoso sistema de protecção de um computador, ao mínimo passo em campo estranho, uma pergunta nos fariam: Tem a certeza que quer ir por aí? Este caminho pode ter um vírus perigoso.

Mas nem sempre temos a certeza que não queremos ir por ali. E ao arriscarmos, ao experimentarmos caminhos e pessoas diferentes, no fundo ao vivermos, vamos por vezes sendo infectados por isso. Daí que há quem seja uma virose em pessoa. Olho para elas e digo “Aquela pessoa está cheia de vírus!” e ao dizer isto, vou correndo como posso.

Por isso recuso a ideia de que somos sempre iguais, o homem que hoje vos escreve, já não será o mesmo quando o lerem. Há pessoas que são umas de manhã e outras ao final da tarde. Dizia-se por exemplo que o antigo presidente do Benfica Manuel Vilarinho era uma outra pessoa depois do almoço. E sabem que mais? Eu acredito. Do mesmo modo, que afirmam que o Deco terá passado por este mesmo clube sem que este tivesse reconhecido o seu talento. Isto é mentira. Porque era um outro Deco que por lá passou e por isso não foi visto. Ou acham que o Figo do Pastilhas era o mesmo do Barcelona? Ou que a Alexandra Lencastre da Rua Sésamo era a mesma das novelas? Ou que o Monstro das Bolachas, enfim. Daqui que ninguém seja igual para sempre. São os dias e os vírus em cada um deles, que nos tornam diferentes.

do mesmo de sempre, 06.10.2010 in Metro

Monday, September 20, 2010

"Addiction is the hallmark of every infatuation-based love story. It all begins when the object of your adoration bestows upon you a heady, hallucinogenic dose of something you never even dared to admit that you wanted – an emotional speedball, perhaps, of thunderous love and roiling excitement. Soon you start craving that intense attention, with the hungry obsession of any junkie. When the drug is withheld, you promptly turn sick, crazy and depleted (not to mention resentful of the dealer who encouraged this addiction in the first place but who now refuses to pony up the good stuff anymore – despite the fact that you know he has it hidden somewhere, goddamn it, because he used to give it to you for free). Next stage finds you skinny and shaking in a corner, certain only that you would sell your soul or rob your neighbors just to have that thing even one more time. Meanwhile, the object of your adoration has now become repulsed by you. He looks at you like you’re someone he’s never met before, much less someone he once loved with high passion. The irony is, you can hardly blame him. I mean, check yourself out. You’re a pathetic mess, unrecognizable even to your own eyes."

Elizabeth Gilbert in Eat, Pray, Love