E ali estava eu a fazer do mundo metáfora do meu umbigo enquanto elas riam por cima de tudo isto. A pensar que a solidão é como uma dieta: como cura pode ser necessária, como excesso pode ser mortal. Estar só é não ter quem nos levante, mas é também estar livre de quem nos derrube. E eu indeciso sobre a maior falta que me faz. Se o perigo de quem me atire ao chão, se o conforto de quem me levante. Talvez de ambos, talvez das duas e de uma só coisa. Talvez só se consiga estar só estando à espera de alguém. Talvez. Não sei. Na dúvida, voto em branco.
João Pedro Oliveira in Outlook, 14.01.2010
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