Disse aqui que da próxima vez que houvessem descidas a pique, tirava as mãos para fora do carrinho. Não vos enganei, queridos leitores. Acho foi que me esqueci de pôr o cinto, ou aquela barra de ferro que se costuma baixar para ninguém cair do carrossel. Grave, indeed. Temo - e isto é grave - ferimentos e queimaduras, que quem brinca com o fogo já se sabe.
Para além destas brincadeiras, percebi que pelos vistos o meu lápis encarnado da censura não está a funcionar tão bem como devia no que diz respeito a ambiguidades. Eu devia saber. De facto, já dizia o Spínola que a mais eficaz das defesas será não parecermos o que se diz sermos. Há que reconhecer que, se não somos realmente o que nos imputam, talvez por vezes o pareçamos ou procedamos de tal modo que sem dificuladade os nossos detractores ajustam essa aparência ao que mais lhes convém.
E agora que nos próximos dias deve vir cá tudo espreitar - se calhar os meus detractores nem tanto, mas esses ratos estão sempre à espreita mesmo - era exactamente isto que eu queria dizer. Não há segundos sentidos possíveis.
2 comments:
adorei a do lápis encarnado! só tu para usares estes trocadilhos e referências políticas.. ahah
qualquer dia conto-te esta história toda, que é para rirmos juntos. não acredito que muita gente tope o lápis encarnado como referência política! e são os meus segundos sentidos e trocadilhos e coisas não ditas mas que aparentemente são óbvias ou estão na cara, que fazem com que a minha aparência seja facilmente ajustável ao que querem dela. enfim. fossem estas todas as minhas preocupações!
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