Saturday, August 23, 2008

walking on the moon

É impressionante, e acho que já o referi várias vezes, a maneira como as pessoas que estão à nossa volta nos são ou não queridas. Do mesmo modo que uma pessoa pode passar toda a vida a ser quase o nosso vizinho da frente e nem a vermos. Estranho? Mais ainda é pensar que de um momento para o outro essa pessoa que nunca vimos, mas que sempre esteve lá, passa a ocupar um bocado da nossa cabeça que nem sabíamos que existia. Como se esse fosse o seu espaço desde sempre, e só nós é que não nos tínhamos apercebido. E passamos a vê-la todos os dias, a reconhecê-la na rua e a visualizar imediatamente aquilo a que eu e o zé gostamos de chamar a "árvore geneológica" - e que de resto já nem precisamos de papel para a fazer.
Gosto de perceber estas coisas, alias, o correcto seria dizer que gostava de perceber, porque não percebo. Lisboa é uma aldeia, os círculos em que nos movimentamos podem até aparentar ser distintos mas são sempre os mesmos. Conhecer alguém que nunca se tenha visto/ouvido falar/falado é praticamente impossível.
Querem renovar as caras da vossa memória fotográfica a curto prazo? Mudem de ares. Vão de viagem. Só não façam grupeta com os portugueses que encontrarem.

PS. Tudo isto começou devido ao Sting. Estranho?
PPS. É de notar que agora que estou em Lisboa como não tenho absolutamente nada para fazer passo os dias aqui. Completa e absoluta nerd do meu próprio blog.

note to self: é igualmente impressionante como penso numa coisa, começo a escrever outra e acabo noutra completamente diferente. estou a precisar de uma certa estruturação mental.

1 comment:

Z. said...

as nossas arvores geneologicas sao do melhor love love loveeeee it! o mundo tá todo interligado