Saiu e começou a andar pela rua que se perdia de vista. As árvores estavam a ser cortadas, porque os ramos têm folhas que no Outono caem e sujam as ruas. O sol já era de Inverno, aquele sol que aparentemente anuncia um dia de calor, mas hoje estava frio, apesar de já ser hora do almoço. Chegada a meio decide parar, um telefonema e fica à espera.
Vêm do outro lado da rua, param para comprar um chocolate. Aconchegam-se nos casacões e enrolam bem os cahecóis porque está cada vez a ficar mais frio...
Chegam a meio da rua e encontram-se. Conversa puxa conversa, o caminho a percorrer de volta, porque é que vieste até aqui, não ia ficar lá a fazer nada, enfim... Chegadas ao bar, isto já parece o 9º ano, lembram-se quando... , os estores que se abrem, o mesmo sol da rua agora a bater-lhes na cara. As melancolias do costume, o crescer depressa demais. O tempo não voltar atrás e não terem aproveitado o suficiente. De repente, lembram-se do Eça. Da geração. Do Ega e do Carlos da Maia. E depois de um segundo a pensar nisto tudo, finalmente concluiram:
- Somos as vencidas da vida!
:) que tarde estrondosa! Já tinha saudades... adoro-vos!*
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