"With the blink of an eye
You finally see the light
It's amazing
That when the moment arrives
You know you'll be alright
(...)
That one last shot's a Permanent Vacation
And a how high can you fly with broken wings
Life's a journey - not a destination
And I just can't tell just what tomorrow brings
You have to learn to crawl
Before you learn to walk
But I just couldn't listen
To all that righteous talk
(...) "
Aerosmith - Amazing
Sunday, July 31, 2005
Friday, July 29, 2005
"Duas simples bocas podem fazer maravilhas com duas simples almas.
Das bocas para a mão que faz carinho, dos carinhos para o corpo nu, do corpo para a vontade de virar um só.
Dor no coração.
Líquido que sai como escorregão.
Desejo que tudo acabe logo se não morrerei.
Desejo que tudo dure eternamente se não morrerei.
E quando acaba, desejo de comer doce.
Beber água e fazer xixi.
Ter um travesseirinho.
Dormir acariciando os cílios.
Ou então, se possível, ter muitos filhos.
Se não, morrerei."
by Maria Mariana @ Confissões de Adolescente
Das bocas para a mão que faz carinho, dos carinhos para o corpo nu, do corpo para a vontade de virar um só.
Dor no coração.
Líquido que sai como escorregão.
Desejo que tudo acabe logo se não morrerei.
Desejo que tudo dure eternamente se não morrerei.
E quando acaba, desejo de comer doce.
Beber água e fazer xixi.
Ter um travesseirinho.
Dormir acariciando os cílios.
Ou então, se possível, ter muitos filhos.
Se não, morrerei."
by Maria Mariana @ Confissões de Adolescente
Thursday, July 28, 2005
"Happy... I'm happy!"
"Mais uma vez abro os olhos p'ra ver o mundo acordar,
um silêncio perfeito, desfeito num balançar.
Quem me dera ficar para sempre no outro lado,
num sono profundo completamente isolado,
viveria num sonho entre paisagens brutais,
porque a vida cá fora por vezes é dura demais quanto mais, sempre mais, tempo passa,
então eu sigo em frente seja para o bem ou p'rá desgraça.
Lentamente, pé ante pé vou à janela,
uma infindável paisagem parece caber numa tela.
O odor da manhã e do mar, a sensação familiar,
elementos suficientes para nos fazer recordar:
Pequenos momentos gravados na memória,
pequenos pormenores que mudaram a minha história,
essencial recordar o que foi mau, o que foi bom aproveita a vida, relaxa curte o som.
Foram anos e anos, perdidos acho...
Bazamos mas por enquanto pesamos, naquilo que pensamos,
uma mudança na vida, três passos para começar devagar...
... fiquei no meu lugar. "
não sei quem escreveu... mas tá simplesmente brutal! :)
um silêncio perfeito, desfeito num balançar.
Quem me dera ficar para sempre no outro lado,
num sono profundo completamente isolado,
viveria num sonho entre paisagens brutais,
porque a vida cá fora por vezes é dura demais quanto mais, sempre mais, tempo passa,
então eu sigo em frente seja para o bem ou p'rá desgraça.
Lentamente, pé ante pé vou à janela,
uma infindável paisagem parece caber numa tela.
O odor da manhã e do mar, a sensação familiar,
elementos suficientes para nos fazer recordar:
Pequenos momentos gravados na memória,
pequenos pormenores que mudaram a minha história,
essencial recordar o que foi mau, o que foi bom aproveita a vida, relaxa curte o som.
Foram anos e anos, perdidos acho...
Bazamos mas por enquanto pesamos, naquilo que pensamos,
uma mudança na vida, três passos para começar devagar...
... fiquei no meu lugar. "
não sei quem escreveu... mas tá simplesmente brutal! :)
Wednesday, July 27, 2005
"But my God it's so beautiful when the boy smiles!"
E afinal sempre é verdade aquilo que se diz, de nunca ser tarde demais! :D
O acampamento não se pode considerar dos melhores mas enfim teve qualquer coisa... As Ovelhas Negras Bifana, Febra e Bitoque, aqueles atrofios do costume, os amuos, encher balões de água, a caixinha verde, os dramas que parecem enormes, resolver-se tudo, a Elsa (Ó EEEEEEEEEEEEEEELSAAAAAAAAAAAAAAA!)... tantas e tantas coisas que para dizer todas ficava aqui imenso tempo... não consigo descrever decentemente acho que é mais isso!
Agora vou é tomar um banho DAQUELES e depois arroxar à GRANDE! :P
O acampamento não se pode considerar dos melhores mas enfim teve qualquer coisa... As Ovelhas Negras Bifana, Febra e Bitoque, aqueles atrofios do costume, os amuos, encher balões de água, a caixinha verde, os dramas que parecem enormes, resolver-se tudo, a Elsa (Ó EEEEEEEEEEEEEEELSAAAAAAAAAAAAAAA!)... tantas e tantas coisas que para dizer todas ficava aqui imenso tempo... não consigo descrever decentemente acho que é mais isso!
Agora vou é tomar um banho DAQUELES e depois arroxar à GRANDE! :P
Saturday, July 23, 2005
"20 000 seconds since you've left and I'm still counting..."
We were surprised when we found out that love feels just like pain.
Tendo em conta que me vou voltar a ausentar desta cidadezinha calminha ( LOL?) que é a minha, desta vez por menos tempo mas talvez uma ausência bastante importante, achei bonito dizer aqui qualquer coisa mas não sei se tenho inspiração...
"Mas agora é tarde. Ou talvez não."
(espero sinceramente que não seja)
Tendo em conta que me vou voltar a ausentar desta cidadezinha calminha ( LOL?) que é a minha, desta vez por menos tempo mas talvez uma ausência bastante importante, achei bonito dizer aqui qualquer coisa mas não sei se tenho inspiração...
"Mas agora é tarde. Ou talvez não."
(espero sinceramente que não seja)
Wednesday, July 20, 2005
"Sol, dietas suspensas, miúdas nervosas, sacos cama, pouca conversa, beijos roubados, ingredientes secretos..."
...e viva as férias! :)
...e viva as férias! :)
Tuesday, July 19, 2005
"... and I miss you." (Parte 2)
Um mês passou, dois, três meses. Agora a menina estava sentada na varanda, naquela mesma varanda onde tantas outras vezes pensara no menino. Já tinham passado cinco meses, e nada parecia indicar que as coisas pudessem vir a mudar para melhor do que naquele dia em que ela o deixou apenas com um papel, apesar de ter sentido que devia ter parado e voltado para trás. Não sabia bem o que é que a tinha impedido de o fazer, apesar de sentir que o menino tinha ficado a vê-la desaparecer depois de ler o papel que ela tinha deixado caír e que só notou a falta em casa. Fosse o que fosse, foi essa mesma coisa que a impediu de lhe dizer fosse o que fosse nos meses que se seguiram. Pelo menos alguma coisa simpática, ou pelo menos alguma conversa normal como aquelas que tinham antes. Deu por si a amaldiçoar aquele dia, aquele estúpido dia em que se tinha apercebido que gostava dele. Afinal, antes disso estava tudo bem.
Suspirou fundo, tal como já tinha feito pelo menos uma dúzia de vezes só naquele dia. Isto tinha que acabar, tinha que deixar de se pôr a pensar nessas coisas que só lhe faziam mal e uma vozinha simpática na sua cabeça dizia-lhe que era o melhor a fazer mesmo. Decidindo acreditar nisso, sorriu, fechou os olhos e deixou-se ficar ao sol a ouvir música, concentrando-se única e exclusivamente nela.
Não muito longe dali, apenas o espaço suficiente para duas pessoas se verem todos os dias ou nunca se chegarem a encontrar, alguém está a chegar a casa. Olha para o relógio, 9 da manhã, nada mal, pode ser que não reparem. O sono é mais que muito enquanto chama o elevador no qual quase adormece, e quando finalmente chega ao seu andar e põe a chave na porta e entra em casa, atira-se para cima da cama. 'Vou dormir até amanhã' pensa ele. Descalça-se, atira com os sapatos quando de repente vê um papel no chão, que não reconhece imediatamente. Pensou em deixá-lo ali e ver depois, mas a curiosidade foi mais forte e não resistiu. Pegou no papel, leu-o e de imediato sentiu um nó no estômago.
Oh, ele conhecia aquele papel. Não sabia era que ainda o tinha... Claro que sabia, tinha-o guardado e olhado para ele vezes e vezes sem conta. Precisava de tempo para digerir aquela pequena mas essencial informação que lhe tinha acidentalmente caído aos pés e da qual ele sabia a fonte. Só tinha precisado de um bocadinho de tempo para pensar no que havia de fazer com ela... quando a menina começou a ficar estranha. Sim, foi mais ou menos ao mesmo tempo. Ele não percebia porquê, afinal quem é que as percebe?, só que estranhou mais que muito. A menina que sempre lhe parecera fantástica de um momento para o outro ficou estranha, embirrenta, amuada por tudo e por nada, respondia mal a qualquer coisa que ele dissesse, mal lhe falava e irritava-se quando ele não lhe falava a ela, mandava bocas parvas, tentava fingir que estava sempre tudo bem ou simplesmente deixava que toda a gente soubesse que ela estava na fossa. Basicamente, segundo o que o menino pensava, estava estúpida. E isso tinha bastado para que ele esquecesse aquele papel, para que ele não quisesse sequer voltar a pensar naquele assunto e por muito que lhe tivesse custado na altura, seguisse em frente. Só que pelos vistos ainda não tinha deitado fora o papel...
O programa era o do costume. Praia, compras, umas voltas aqui e ali só para desanuviar porque ela também precisava disso. Não que a menina ainda estivesse MUITO afectada com aquela história toda, porque não estava. Ela esquecia o menino quando quisesse, estava perfeitamente certa. Mas se ele tinha lido a porcaria do papel porque é que não tinha falado com ela? Sim, porque ela sabia que era o menino que o tinha, quem mais podia ter tido? Se calhar não tinha, se calhar tinha-o deixado caír no autocarro ou assim e outra pessoa tinha apanhado. Mesmo assim, a menina tinha um feeling que era ele que o tinha apanhado e que ele sabia. De repente uma ideia passou-lhe pela cabeça. E se o menino já tivesse tomado a decisão naquele dia em que eles falaram e não lhe tivesse dito logo só para ela não se magoar? Esta ideia irritou-a. Magoas-te quando cais, não quando te dizem o que não queres ouvir. Talvez tivesse sido melhor tudo de uma vez sem avisos, e ela já lhe tinha demonstrado que não queria mais saber. Em retrospectiva, talvez tivesse dito umas coisas que não queria, mas o que está feito está feito e agora não há nada a fazer. Aquela mesma coisa que a impediu de voltar atrás dizia-lhe o que fazer desde aí e ela cumpria à risca.
O menino também precisava de saír. Desta vez sozinho, não queria aturar ninguém. E além disso já tinha programa à noite. Não queria voltar a pensar naquele estúpido papel, naquela estupidez e perda de tempo que tinha sido aquela menina que não passava de uma pita e que o tinha andado a fazer de parvo. Se ela pensava realmente tudo aquilo que dizia, porque é que nunca o tinha dito antes? Poupava imenso tempo e trabalho. E pensar que ele tinha considerado sequer a hipótese de... enfim, já não interessava. Mais uma vez perguntou-se porque seria que não deitava o papel fora de uma vez por todas. Aquilo era só mais uma mentira, não era?
Ao voltar para casa, agora a pé, a menina lamentou ter pensado no menino todo o dia. Agora estava preocupada se os seus amigos não iam pensar que ela estava efectivamente a ficar tontinha, já que parecia estar sempre no mundo da lua e que já não lhe interessava nada. Mas eles, compreensivos como sempre, sorriam, ouviam as mesmas histórias mais de mil vezes e mesmo assim tinham paciência para ouvir mais umas mil. Estava agora a passar por uma rua onde costumavam passar muitas vezes e sentiu-se subitamente triste. Porque apesar de a menina saber que para ele ela tinha sido 'só mais uma', qualquer coisa que simplesmente não deu certo e vamos seguir em frente, ela continuava a gostar dele. E todas as coisas que a menina tinha dito e feito, todas as vezes que tinha parecido estúpida e dito coisas que na verdade não sentia, foi para se convencer do contrário. Não valeu a pena.
Passando por uma rua onde iam muitas vezes, o menino começou a pensar na menina outra vez. E se fosse verdade o que dizia o papel? Bem, se fosse, temos pena, mas era tarde demais. Ela não podia simplesmente esperar que ele estivesse sempre ali para o que lhe apetecesse não era? Quando estivesse bem disposta, tudo bem, quando estivesse mal disposta ele que se afastasse, as coisas não eram assim. Mas a verdade é que por muitas vezes que ele tivesse tentado fazê-la saír da sua cabeça, e por muitas vezes que tivesse conseguido, ela estava lá sempre por boas ou más razões.
Cada um estava tão completamente perdido nos seus próprios pensamentos que não se apercebeu de quem ia exactamente à sua frente num sentido contrário. Ambos chocaram com outra pessoa, e quando levantaram os olhos para pedir desculpa pelo encontrão é que viram que tinham chocado um com o outro. E ficaram assim, sem nada para dizer um ao outro.
Ou talvez coisas demais.
sigh...
Um mês passou, dois, três meses. Agora a menina estava sentada na varanda, naquela mesma varanda onde tantas outras vezes pensara no menino. Já tinham passado cinco meses, e nada parecia indicar que as coisas pudessem vir a mudar para melhor do que naquele dia em que ela o deixou apenas com um papel, apesar de ter sentido que devia ter parado e voltado para trás. Não sabia bem o que é que a tinha impedido de o fazer, apesar de sentir que o menino tinha ficado a vê-la desaparecer depois de ler o papel que ela tinha deixado caír e que só notou a falta em casa. Fosse o que fosse, foi essa mesma coisa que a impediu de lhe dizer fosse o que fosse nos meses que se seguiram. Pelo menos alguma coisa simpática, ou pelo menos alguma conversa normal como aquelas que tinham antes. Deu por si a amaldiçoar aquele dia, aquele estúpido dia em que se tinha apercebido que gostava dele. Afinal, antes disso estava tudo bem.
Suspirou fundo, tal como já tinha feito pelo menos uma dúzia de vezes só naquele dia. Isto tinha que acabar, tinha que deixar de se pôr a pensar nessas coisas que só lhe faziam mal e uma vozinha simpática na sua cabeça dizia-lhe que era o melhor a fazer mesmo. Decidindo acreditar nisso, sorriu, fechou os olhos e deixou-se ficar ao sol a ouvir música, concentrando-se única e exclusivamente nela.
Não muito longe dali, apenas o espaço suficiente para duas pessoas se verem todos os dias ou nunca se chegarem a encontrar, alguém está a chegar a casa. Olha para o relógio, 9 da manhã, nada mal, pode ser que não reparem. O sono é mais que muito enquanto chama o elevador no qual quase adormece, e quando finalmente chega ao seu andar e põe a chave na porta e entra em casa, atira-se para cima da cama. 'Vou dormir até amanhã' pensa ele. Descalça-se, atira com os sapatos quando de repente vê um papel no chão, que não reconhece imediatamente. Pensou em deixá-lo ali e ver depois, mas a curiosidade foi mais forte e não resistiu. Pegou no papel, leu-o e de imediato sentiu um nó no estômago.
Oh, ele conhecia aquele papel. Não sabia era que ainda o tinha... Claro que sabia, tinha-o guardado e olhado para ele vezes e vezes sem conta. Precisava de tempo para digerir aquela pequena mas essencial informação que lhe tinha acidentalmente caído aos pés e da qual ele sabia a fonte. Só tinha precisado de um bocadinho de tempo para pensar no que havia de fazer com ela... quando a menina começou a ficar estranha. Sim, foi mais ou menos ao mesmo tempo. Ele não percebia porquê, afinal quem é que as percebe?, só que estranhou mais que muito. A menina que sempre lhe parecera fantástica de um momento para o outro ficou estranha, embirrenta, amuada por tudo e por nada, respondia mal a qualquer coisa que ele dissesse, mal lhe falava e irritava-se quando ele não lhe falava a ela, mandava bocas parvas, tentava fingir que estava sempre tudo bem ou simplesmente deixava que toda a gente soubesse que ela estava na fossa. Basicamente, segundo o que o menino pensava, estava estúpida. E isso tinha bastado para que ele esquecesse aquele papel, para que ele não quisesse sequer voltar a pensar naquele assunto e por muito que lhe tivesse custado na altura, seguisse em frente. Só que pelos vistos ainda não tinha deitado fora o papel...
O programa era o do costume. Praia, compras, umas voltas aqui e ali só para desanuviar porque ela também precisava disso. Não que a menina ainda estivesse MUITO afectada com aquela história toda, porque não estava. Ela esquecia o menino quando quisesse, estava perfeitamente certa. Mas se ele tinha lido a porcaria do papel porque é que não tinha falado com ela? Sim, porque ela sabia que era o menino que o tinha, quem mais podia ter tido? Se calhar não tinha, se calhar tinha-o deixado caír no autocarro ou assim e outra pessoa tinha apanhado. Mesmo assim, a menina tinha um feeling que era ele que o tinha apanhado e que ele sabia. De repente uma ideia passou-lhe pela cabeça. E se o menino já tivesse tomado a decisão naquele dia em que eles falaram e não lhe tivesse dito logo só para ela não se magoar? Esta ideia irritou-a. Magoas-te quando cais, não quando te dizem o que não queres ouvir. Talvez tivesse sido melhor tudo de uma vez sem avisos, e ela já lhe tinha demonstrado que não queria mais saber. Em retrospectiva, talvez tivesse dito umas coisas que não queria, mas o que está feito está feito e agora não há nada a fazer. Aquela mesma coisa que a impediu de voltar atrás dizia-lhe o que fazer desde aí e ela cumpria à risca.
O menino também precisava de saír. Desta vez sozinho, não queria aturar ninguém. E além disso já tinha programa à noite. Não queria voltar a pensar naquele estúpido papel, naquela estupidez e perda de tempo que tinha sido aquela menina que não passava de uma pita e que o tinha andado a fazer de parvo. Se ela pensava realmente tudo aquilo que dizia, porque é que nunca o tinha dito antes? Poupava imenso tempo e trabalho. E pensar que ele tinha considerado sequer a hipótese de... enfim, já não interessava. Mais uma vez perguntou-se porque seria que não deitava o papel fora de uma vez por todas. Aquilo era só mais uma mentira, não era?
Ao voltar para casa, agora a pé, a menina lamentou ter pensado no menino todo o dia. Agora estava preocupada se os seus amigos não iam pensar que ela estava efectivamente a ficar tontinha, já que parecia estar sempre no mundo da lua e que já não lhe interessava nada. Mas eles, compreensivos como sempre, sorriam, ouviam as mesmas histórias mais de mil vezes e mesmo assim tinham paciência para ouvir mais umas mil. Estava agora a passar por uma rua onde costumavam passar muitas vezes e sentiu-se subitamente triste. Porque apesar de a menina saber que para ele ela tinha sido 'só mais uma', qualquer coisa que simplesmente não deu certo e vamos seguir em frente, ela continuava a gostar dele. E todas as coisas que a menina tinha dito e feito, todas as vezes que tinha parecido estúpida e dito coisas que na verdade não sentia, foi para se convencer do contrário. Não valeu a pena.
Passando por uma rua onde iam muitas vezes, o menino começou a pensar na menina outra vez. E se fosse verdade o que dizia o papel? Bem, se fosse, temos pena, mas era tarde demais. Ela não podia simplesmente esperar que ele estivesse sempre ali para o que lhe apetecesse não era? Quando estivesse bem disposta, tudo bem, quando estivesse mal disposta ele que se afastasse, as coisas não eram assim. Mas a verdade é que por muitas vezes que ele tivesse tentado fazê-la saír da sua cabeça, e por muitas vezes que tivesse conseguido, ela estava lá sempre por boas ou más razões.
Cada um estava tão completamente perdido nos seus próprios pensamentos que não se apercebeu de quem ia exactamente à sua frente num sentido contrário. Ambos chocaram com outra pessoa, e quando levantaram os olhos para pedir desculpa pelo encontrão é que viram que tinham chocado um com o outro. E ficaram assim, sem nada para dizer um ao outro.
Ou talvez coisas demais.
sigh...
Monday, July 18, 2005
Breathe (2 AM)
2 AM and she calls me cause I'm still awake
Can you help me unravel my latest mistake?
I don't love him, winter just wasn't my season.
Yeah we walk through the doors so accusing their eyes
Like they have any right at all to criticize
Hypocrites, you're all here for the very same reason.
Cause you can't jump the track
We're like cars on a cableand life's like an hourglass glued to the table,
No one can find the rewind button, girl
So cradle your head in your hands.
And breathe, just breathe, whoa breathe, just breathe
May he turned 21 on the base of Fort Bliss
"Just a day," he said down to the flask in his fist
Ain't been sober since maybe October of last year
Here in town you can tell he's been down for while
But my God it's so beautiful when the boy smiles
Wanna hold him maybe I'll just sing about it
Cause you can't jump the track
We're like cars on a cable
And life's like an hourglass glued to the table,
No one can find the rewind button, boys
So cradle your head in your hands
And breathe, just breathe, whoa breath just breathe
There's a light at each end of this tunnel
You shout cause you're just as far in as you'll ever be out
And these mistakes you've made
You'll just make them again if you'll only try turnin' around
2 AM and I'm still awake writing this song
If I get it all down on paper it's no longer inside of me
Threatening the life it belongs to.
And I feel like I'm naked in front of the crowd
Cause these words are my diary screamin' out aloud
And I know that you'll use them however you want to.
But you can't jump the track
We're like cars on a cable
And life's like an hourglass glued to the table,
No one can find the rewind button now
Sing it if you understand, yeah breathe
Just breathe, oh oh breathe, just breathe, oh breathe,
Just breathe, oh breathe, just breathe
:) perfeito! de volta...
Can you help me unravel my latest mistake?
I don't love him, winter just wasn't my season.
Yeah we walk through the doors so accusing their eyes
Like they have any right at all to criticize
Hypocrites, you're all here for the very same reason.
Cause you can't jump the track
We're like cars on a cableand life's like an hourglass glued to the table,
No one can find the rewind button, girl
So cradle your head in your hands.
And breathe, just breathe, whoa breathe, just breathe
May he turned 21 on the base of Fort Bliss
"Just a day," he said down to the flask in his fist
Ain't been sober since maybe October of last year
Here in town you can tell he's been down for while
But my God it's so beautiful when the boy smiles
Wanna hold him maybe I'll just sing about it
Cause you can't jump the track
We're like cars on a cable
And life's like an hourglass glued to the table,
No one can find the rewind button, boys
So cradle your head in your hands
And breathe, just breathe, whoa breath just breathe
There's a light at each end of this tunnel
You shout cause you're just as far in as you'll ever be out
And these mistakes you've made
You'll just make them again if you'll only try turnin' around
2 AM and I'm still awake writing this song
If I get it all down on paper it's no longer inside of me
Threatening the life it belongs to.
And I feel like I'm naked in front of the crowd
Cause these words are my diary screamin' out aloud
And I know that you'll use them however you want to.
But you can't jump the track
We're like cars on a cable
And life's like an hourglass glued to the table,
No one can find the rewind button now
Sing it if you understand, yeah breathe
Just breathe, oh oh breathe, just breathe, oh breathe,
Just breathe, oh breathe, just breathe
:) perfeito! de volta...
Friday, July 01, 2005
"So don't stay up for me... don't wait up for me if I'm not home"
Último dia em Lisboa.
É uma da manhã e eu sem saber o que fazer. A minha cabeça está na maior das confusões e não há perspectivas que isso mude tão facilmente quanto eu queria. Daqui a umas horas, que com o sono se vão revelar poucas, vou estar de partida. Vou ficar duas semanas fora, num sítio onde nada nem ninguém me pode atormentar (se ao menos eu não levasse o telemóvel...) e para onde vou descansar. Saír desta cidade e não aturar mais esta gente porque estou farta.
Não me leves a mal, eu amo a cidade. E as pessoas. E se calhar o meu problema é esse. Não é o de todos? Gostar demasiado de quem não devemos e não saber gostar de quem gosta de nós. Prefiro não pensar nisso, levo a cabeça cheia de coisas que gostaria de deixar por lá, enterradas na areia branca ou talvez dispersas numa onda qualquer que venha e que as leve para longe, muito longe...
Há bocado peguei numa folha de papel e escrevi. Despejei tudo o que estava a sentir naquele momento em que todas as confusões que me perturbavam e todas as dúvidas que me assaltavam se misturaram e formaram qualquer coisa que explodiu e que não me deixou continuar a aparentar a mesma calma de sempre. Depois de escrever tudo senti-me mais calma, e mais segura de que os próximos 15 dias me vão fazer bem. Não para esquecer nada, nem para fingir que as coisas não existem para depois quando voltar dar de caras com os mesmos problemas, quem sabe talvez agravados. Preciso de saír, de me afastar, para saber melhor aquilo que eu hei de fazer.
Não posso simplesmente fugir aos meus problemas. É como na Cidade de Deus 'Se fugir o bicho pega, se ficar o bicho come'. Não há muitas alternativas pois não? Agora o que eu quero mesmo é dias de sol e de praia, de acordar tarde e de me deitar tarde, de sentir o cheiro da praia à noite, de ver o mar, de ouvir os grilos, de passear, de dar uns mergulhos e de torrar ao sol. Quero isto tudo e tenho a certeza que é isto que vou ter. Acordar as onze para ir para a praia, voltar às duas, almoçar, escrever, apanhar sol no jardim, tocar guitarra, voltar para a praia, chegar a casa às oito da noite vinda da praia, tomar banho e ir jantar fora e depois voltar para ir dar uma volta. Ouvir a minha música e tirar as minhas fotografias, quem sabe conhecer mais gente, mas não é esse o meu objectivo. Não me quero meter de maneira nenhuma em nada, quero descansar e quero principalmente descansar a minha cabeça.
Estou convicta do que quero mas num segundo as minhas certezas desvanecem-se, simplesmente por ver uma fotografia de duas meninas num escorrega. As saudades, já me esquecia delas. Vou ter saudades, daí levar o já tão conhecido bebé comigo, senão deixava-o em Lisboa. Mas também como é que posso pensar em deixá-lo 15 dias sozinho? Não posso. Vou e vamos os dois. E a guitarra, a máquina, os meus cds. Sorrio ao pensar que levo tudo comigo, quase tudo, quase que me esquecia duma parte fundamental que vai comigo para todo o lado. Pronto arrumado. Agora sim.
Agora é uma e meia e eu penso em deixar Lisboa.
É uma da manhã e eu sem saber o que fazer. A minha cabeça está na maior das confusões e não há perspectivas que isso mude tão facilmente quanto eu queria. Daqui a umas horas, que com o sono se vão revelar poucas, vou estar de partida. Vou ficar duas semanas fora, num sítio onde nada nem ninguém me pode atormentar (se ao menos eu não levasse o telemóvel...) e para onde vou descansar. Saír desta cidade e não aturar mais esta gente porque estou farta.
Não me leves a mal, eu amo a cidade. E as pessoas. E se calhar o meu problema é esse. Não é o de todos? Gostar demasiado de quem não devemos e não saber gostar de quem gosta de nós. Prefiro não pensar nisso, levo a cabeça cheia de coisas que gostaria de deixar por lá, enterradas na areia branca ou talvez dispersas numa onda qualquer que venha e que as leve para longe, muito longe...
Há bocado peguei numa folha de papel e escrevi. Despejei tudo o que estava a sentir naquele momento em que todas as confusões que me perturbavam e todas as dúvidas que me assaltavam se misturaram e formaram qualquer coisa que explodiu e que não me deixou continuar a aparentar a mesma calma de sempre. Depois de escrever tudo senti-me mais calma, e mais segura de que os próximos 15 dias me vão fazer bem. Não para esquecer nada, nem para fingir que as coisas não existem para depois quando voltar dar de caras com os mesmos problemas, quem sabe talvez agravados. Preciso de saír, de me afastar, para saber melhor aquilo que eu hei de fazer.
Não posso simplesmente fugir aos meus problemas. É como na Cidade de Deus 'Se fugir o bicho pega, se ficar o bicho come'. Não há muitas alternativas pois não? Agora o que eu quero mesmo é dias de sol e de praia, de acordar tarde e de me deitar tarde, de sentir o cheiro da praia à noite, de ver o mar, de ouvir os grilos, de passear, de dar uns mergulhos e de torrar ao sol. Quero isto tudo e tenho a certeza que é isto que vou ter. Acordar as onze para ir para a praia, voltar às duas, almoçar, escrever, apanhar sol no jardim, tocar guitarra, voltar para a praia, chegar a casa às oito da noite vinda da praia, tomar banho e ir jantar fora e depois voltar para ir dar uma volta. Ouvir a minha música e tirar as minhas fotografias, quem sabe conhecer mais gente, mas não é esse o meu objectivo. Não me quero meter de maneira nenhuma em nada, quero descansar e quero principalmente descansar a minha cabeça.
Estou convicta do que quero mas num segundo as minhas certezas desvanecem-se, simplesmente por ver uma fotografia de duas meninas num escorrega. As saudades, já me esquecia delas. Vou ter saudades, daí levar o já tão conhecido bebé comigo, senão deixava-o em Lisboa. Mas também como é que posso pensar em deixá-lo 15 dias sozinho? Não posso. Vou e vamos os dois. E a guitarra, a máquina, os meus cds. Sorrio ao pensar que levo tudo comigo, quase tudo, quase que me esquecia duma parte fundamental que vai comigo para todo o lado. Pronto arrumado. Agora sim.
Agora é uma e meia e eu penso em deixar Lisboa.
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