Sunday, June 26, 2005

"Podes-me dizer como sair daqui?" perguntou Alice. "Isso depende muito de para onde queres ir." respondeu o gato.

"Preocupa-me pouco onde ir." disse Alice.
"Nesse caso, pouco importa o caminho que sigas..."

Lewis Carrol @ Alice no País das Maravilhas.


Para onde ir quando não temos sítio nenhum para ir? Pode parecer disparatado, mas na realidade não o é. O que escolher quando não temos hipóteses? O que decidir quando essa mesma decisão nos pode custar tudo ou trazer tudo o que queremos e não sabemos? O que fazer quando não se sabe o que é certo?
A Alice perguntou ao gato como saír dali. Ela sabia o que queria, sabia que não queria estar naquele lugar, sabia que queria saír dali. Ok, ela não sabia o que queria. O que ela sabia era aquilo que não queria.
"Isso depende muito de para onde queres ir..." tudo o que nós fazemos ou as decisões que tomamos têm ( não será deviam?) que ser tomadas de acordo com aquilo que nós tentamos atingir. Num mundo perfeito, talvez conseguissemos atingir as nossas metas através de uma simples decisão, mas temo que isso não aconteça. Agora se não sabemos o que queremos, como a Alice, temos uma infinidade de escolhas. Porque afinal, sempre sabemos aquilo que não queremos. E para o evitar não há um único caminho, há mais, muitos mais do que aqueles que podemos imaginar sequer.
Acho que todos nós somos a dado momento como a Alice. Eu própria agora sou a Alice. O que não quero? Podem ter a certeza que sei. Agora quando chega a altura de ter que decidir para onde é que eu quero ir é que se torna mais difícil, porque não sei. Não sei o que é que eu quero, e por isso existe aí um Cheshire Cat que me diz "como não sabes o que queres, não consegues saír daí..." e que sorri e desaparece mas não sem deixar o sorriso a perseguir-me e a obrigar-me a viver com o peso das minhas escolhas. Temos todos. não é? E ao ler isto apercebi-me que é verdade... enquanto eu não souber o que quero, não vou saber como saír das situações em que eu me encontro. Era tudo muito mais fácil se não fosse assim, mas é, e não podemos fazer nada. Alias, posso. Posso sentar-me e pensar não no que fazer, porque isso é mais fácil, mas sim no que quero, para ver se chego a alguma (brilhante) conclusão sobre isto...

"... então eu sigo em frente seja para o bem ou p'rá desgraça. "

2 comments:

Anonymous said...

mais uma vez tem razão no q diz..
desculpe se lhe falei um pouco mal à pouco :\
beijão adoro-a!

Anonymous said...

porque até é cedo para eu estar a comentar o seu blog :\