E hoje pareceu-me importante escrever sobre ti. Não é que eu nunca o tenha feito, porque já o fiz. E não foram poucas vezes. Talvez por teres a importância que tens na minha vida, a importância que eu te dei talvez, ou se calhar aquela que tu adquiriste com o teu próprio mérito, à tua maneira especial, fazendo aquelas tuas coisas pequeninas que no fundo são únicas, e que só tu é que as sabes fazer, à tua maneira. Talvez só por ter estado contigo hoje e ainda estar tudo muito fresco na minha memória, como seria de esperar.
Não sei como é que isto tudo começou, gostava imenso de dizer que foi "amor à primeira vista" mas não me parece que tenha sido o caso. Tudo começou talvez naquele dia há uns 4 ou 5 anos atrás em que tu entraste na minha vida sem saberes e viste uma miúda de cabelo e olhos castanhos, com aquele ar que tu detestas que eu faça, com ar de quem pode tudo e faz o que lhe apetece, mas apesar de tudo com nariz de batata e dentes tortos que te disse "ahh então tu é que és a Rodrigues... olha, eu sou a Sara Moreno!" e ficaste a pensar "o que é que esta quer comigo?". Aí não começou, foi o princípio mas o verdadeiro começo foi só uns tempos depois. Quando conheceste verdadeiramente essa mesma menina. Com uma ou outra diferença, mas a essência era a mesma. E aí ficámos amigas.
A partir daí já passámos por muita coisa, mais coisas sequer do que eu imagino ou que eu me lembro agora. Porque a verdade é essa: foram muitas mesmo. Muitos passeios em campo de ourique, conversas até altas horas sempre que podíamos, atrofios, compras - baixa & amoras & corte inglés, músicas , cds, guitarras emprestadas, fotografias, telemóveis (digamos capas e tal), roupa trocada, vindas cá a casa, viagens de carro ou no nosso sempre fiel companheiro - o autocarro 42!, aqueles queques e/ou bolas de berlim do barata - leve 5 pague 4 tínhamos SEMPRE que aproveitar!, antestreias do Be Cool com o Pac à mistura, idas para casa "de pai", aqueles dias em que eu espero por ti sempre, aqueles dias em que tu não queres mais esperar por mim.
Quem ler isto... pensará até que tudo foram bons tempos. Pois bem, não foram. Infelizmente ou não, porque é com as piores alturas que aprendemos a valorizar verdadeiramente as boas. Também nos zangámos, e como eu nunca me arrependo de nada do que faço, só do que quero fazer e não consigo, quero dizer que me arrependo e muito de não ter falado contigo antes! Mas só serviu para eu me aperceber cada vez mais que "já não posso passar sem ti"! E digamos que também houve outro problema... maior, mais grave mesmo! Aprendi muito com isso, aprendi imenso contigo. E fiquei mesmo muito feliz quando me disseste que eu te tinha ajudado!
Por tudo o que passámos, por me ajudares, por limpares sempre as minhas lágrimas e atrofiares até eu esboçar aquele sorriso pequenino que depois se transforma numa enorme gargalhada, porque nós estamos naqueles placards espalhados por Lisboa, porque tu e só tu é que sabes o que eu preciso, exactamente na altura certa, porque sem ti eu já não sei o que seria de mim, por estares a tomar cada vez mais um papel importantissimo na minha vida, porque eu te amo, e porque NINGUÉM PÁRA A BELICHA NINGUÉM PÁRA A BELICHA NINGUÉM PÁRA A BELICHA ALEHO!
Beijão do tamanho do mundo... Obrigada por tudo hoje Belly =)
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