Saturday, February 12, 2005

Gosto de ti. Cheguei a essa conclusão por me aperceber finalmente que é contigo que eu quero ficar, é a ti que eu quero, é por ti que eu tenho feito muitas coisas que sei que não faria por mais ninguém. Se é real aquilo que sinto? Não sei. Acho que no fundo, ninguém sabe bem ao certo se isto é só uma ilusão em que nos prendemos durante tempos que parecem intermináveis, que não queremos nunca que acabem mas que quando acabam, o fazem da pior maneira possível, e aí o desejar que nada tivesse acontecido é o mais comum. Será só uma ilusão? Um sonho, talvez, e eu acorde daqui a bocado com a sensação que tudo aconteceu?
Tenho medo que não dê certo quando isso é o que eu mais quero, tenho medo que não penses como eu, tenho medo de caír novamente no abismo e não conseguir saír, tenho tantas perguntas que queria saber responder, tenho uma enorme confusão na minha cabeça. Mas ao mesmo tempo, tudo faz imenso sentido para mim. As minhas incertezas justificam-se perfeitamente. Tu também deves ter as tuas, acho que nunca ninguém está 100% certo de nada. Eu queria estar, queria que tu estivesses, queria que tudo se resolvesse. Queria que fosse tudo mais fácil. Não o é, provavelmente graças a mim, e acredita que se pudesse faria de tudo para voltar atrás e não repetir nada do que fiz.
Não posso. Posso é esperar que tu chegues hoje, esperar que me digas o que tu pensas e esperar que seja o que eu penso também. Espero, apesar de ter uma coisa que me diz que vai correr tudo mal. À medida que o tempo vai passando, sinto um nó na garganta que vai aumentando, espero também que as palavras não me sufoquem como já uma vez o fizeram. As palavras... às vezes parecem demais, hoje acho que não me chegam. Isto de não se conseguir exprimir o que se sente por palavras é o pior. Só espero que hoje não me voltem a faltar, que tu sorrias e que me digas aquilo que eu quero ouvir, para eu poder finalmente acabar com estas confusões todas e ficar realmente bem. E isto tudo porque gosto de ti.