Wednesday, July 25, 2012

foi assim:


Maio acabou com todos os stresses que daí vieram. Junho levou a tese embora e trouxe mais um problema, mais grave e com mais repercussões: e agora? Entre entrevistas, amigos a ir e outros a voltar, os Santos, as primeiras praias e tudo o mais, deixei de escrever. Minto - comecei a ir dar música para outros lados e não voltei aqui. Veio Julho, e Londres, e Algarve, e mudanças de vida. E agora voltei.

Há um ano atrás não estava de todo feliz com o que o destino me reservava, mas o que tem que ser nosso é-o. Sem dúvida. Nunca diria que havia partes da minha vida que iam dar uma volta de 180º. O que é certo é que todos aqueles que têm a possibilidade de voltar aos sítios onde um dia foram felizes devem fazê-lo. Acredito mesmo que sim.

E é por isto que vou largar o meu país de sol e de mar. O ano passado dizia que contava os dias para ir embora, repetia que era uma gaivota. As razões são outras, não menos válidas mais mais felizes. Não tenho uma vontade assombrosa de sair daqui, mas sim de ir para lá. Agora para uma cidade da qual já sei umas coisas, onde já tenho sítios que são meus. O brunch de domingo. O café do final da tarde. O meu banco no parque. A minha loja favorita. O jardim que só eu conheço. Quero falar essa língua que já aprendi a gostar e a perceber qualquer coisa das frases. Os graus negativos e a neve no meu nariz. A minha futura casa, minha mesmo. Ter um bilhete de volta sempre temporário. Vou querer voltar - no Natal, no Verão. Não esquecer o Tejo e a ponte, o Chiado e o castelo, os sítios que continuarão meus mas agora pendurados na parede da sala.

A altura é agora. Se estou feliz? Muito. Mas isso fica para depois. Agora estou de volta.

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