Tuesday, July 05, 2011

Ás vezes não os posso nem ver, e penso que vou dar os meus próprios filhos para adopção quando tiverem 14 anos. Que nunca mais quero ver as caras de gozo e as mãos que sabe Deus quando são lavadas. E os dramas, e as fitas, e as refilices e as respostas tortas. Que me vou embora e não volto.

E depois há coisas como a de hoje, e percebo que eu já sou crescida afinal, e que contam comigo e apesar de só me respeitarem quando lhes dá jeito, que se lembram de mim fora de horas, e que de um estranho modo, esperam que eu lá esteja. Que se lembram de mim (sim, estou-me a repetir!) porque sou uma espécie de irmã mais velha (com extra credibilidade em frente aos pais, vá-se lá perceber). E eu, fora de horas, estou cá na mesma. Como não estar?

Então repenso. E tenho um bocadinho menos vontade de os deixar.

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