Isto podia ser o título perfeito de um livro sobre as maravilhas da vida, de como dar a volta às coisas ou - melhor ainda! - de como tornar o mau em bom, do estilo a minha vida era uma merda e pensei sempre positivo e agora sou feliz. Daqueles bons para atear a lareira, caso tenham uma.
Nada disso.
Um bocadinho mais feliz. Amanhã há teste de finanças e não estou nem com o mínimo de saco para estudar. Esfolei a mão ontem e hoje tem-me irritado imenso não poder fazer coisas como procurar as chaves na mala. Parti a minha bandolete preferida. A minha visão de lince está seriamente comprometida por causa das horas que passo a olhar para folhas brancas e computadores. Ainda não sei o que oferecer aos contemplados na minha lista natalícia.
Ontem reapercebi-me que há pessoas a quem chamamos amigos por uma razão. Hoje, outra vez. Não importa o tempo, os afastamentos. Estão sempre lá.
Se olhar um bocadinho para trás, vejo que os últimos 3 meses foram completamente sui generis, à falta de melhor palavra. Mudança foi a palavra de ordem. Aprendi que as pessoas conseguem mudar mais do que se pode imaginar - e decerto que tirei as minhas conclusões sobre as minhas próprias capacidades camaleónicas. Não sei o que aí vem, mas já não tenho medo nenhum. Bora. Mergulhar de cabeça? Tanto melhor. Diria mesmo que é o mesmo que tomar um mergulho em água fria...
E comecei a escrever isto tudo por causa do Mellon Collie. E do Siamese Dream. E da PJ Harvey. E do You've Come a Long Way, Baby. E os Blur e muitos mais. E do que proporcionou isso tudo. E porque vi uns coelhinhos suicidas. E por estar a ler o Alvim. E ter uma vontade gigante de desatar a cantar aos gritos com a minha vozinha desafinada, e escrever coisas bonitas e não ter a mínima cabeça. E porque é Dezembro, e dia 10, e enfim, época festiva traz qualquer coisa que as outras não trazem - o meu dia de narcisismo anual.
Não faz sentido? Não faz mal. O Billy Corgan manda beijinhos.
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