Sunday, December 28, 2008

T.E.

O maior conforto de voltar é saber que há coisas que não mudam nunca. Inexplicavelmente, a maior alegria que ele teve foi saber que havia coisas que mudavam - e que mudaram mesmo.
Não sabia também explicar o porquê, mas pôs o carro no piloto automático e em vez de ir pelo caminho mais curto foi dar uma volta à cidade. Saudades? Talvez. Mas foi parar à porta dela, sem se aperceber ou quem sabe de propósito. A luz estava acesa, ela estava acordada.
Para sermos mais precisos nesta história, ela estava à janela e sabia que ele ia aparecer. Chamem-lhe instinto, chamem-lhe auto-estima, o que quiserem. Simplesmente sabia. Não se viam há quase quatro anos, desde o dia em que ele decidiu ir embora e ela decidiu que desaparecia primeiro, talvez por falta de coragem para ser ela a dizer adeus. Agora tinha outra vida e o facto de se terem encontrado já não queria dizer nada. Se não queria, porque é que ela estava à janela à espera que ele aparecesse? Pior, porque é que ele tinha aparecido? E porque é que isso parecia tão importante? Não era, acreditem.
Olharam um para o outro e souberam. Desta vez é que era, não havia volta a dar. O que tem que ser tem muita força, e eles finalmente estavam em paz com tudo o que se passara.

Todas as histórias precisam de um desfecho. Melhor ou pior, cada uma tem aquele que tem que ter, e nem sempre é o que merece. Este era o deles - ela fechou a janela, ele meteu a primeira e arrancou.

Mas vai ficar tudo bem. FAZ COM QUE TODA A GENTE VEJA O TEU FINAL.

3 comments:

Anonymous said...

página virada sis.

Anonymous said...

Diário da Nossa Paixão. Ele saiu do carro, ela saltou da janela e... Para sempre. Por que é que nem tudo pode ser assim? Cor-de-rosa. Boa viagem Beb. Ly

sara said...

neste caso, ela ficou em casa e ele seguiu com o carro. nunca mais se viram e foram mais felizes efectivamente... ly bebi