"Help me make the most of freedom and of pleasure, nothing ever lasts forever."

Esquece-te do mundo, vai longe daqui.
À frente é que está o caminho. O passado, já o esqueci. O presente, não o agarro convenientemente. É a força das circunstâncias.
Sem ter medo, sem olhar 'pra trás.
Como num teatro em que me esqueci da minha deixa, como numa peça que não gosto. Fico assim, de braços cruzados, sem saber o que fazer. Na verdade, não podendo fazer muito mais. Ou talvez possa, mas não considerando essa possibilidade. Masses.
E o mundo pára só para te ver.
Somos donos e senhores do nosso destino, para quê, se não sabemos o que fazer com ele? Cada vez mais me conformo que ele é que tem razão. Não podemos fazer nada, resta-nos esperar para ver os desígnios que nos foram atribuídos por quem de direito. Esperar...
Deixa-te voar.

Detesto esta moleza.

"Não basta ser, é preciso parecer. Então se se souber parecer melhor do que se é, o jogo está ganho."

5 dias!

e assim, parar o tempo não é a solução

Mande notícias do mundo de lá
Diz quem fica
Me dê um abraço venha me apertar
Tô chegando
Coisa que gosto é poder partir sem ter planos
Melhor ainda é poder voltar quando quero...

Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai e quer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar
E assim chegar e partir
São só dois lados da mesma viagem...

Elis
:)

no one does it better than me and you.

Hoje tive saudades. Imensas.
Saudades assim de uma maneira que além de inexplicável era igualmente estranha. Saudades do que já fui, saudades do que já não volta. Mas de outra maneira que não aquela que costumo ter.
Estranho? Foi bastante.
Estive a pensar, será que vale realmente a pena zangarmo-nos com as pessoas, irritarmo-nos com as coisas... a vida é curta meus amigos, não se queiram arrepender quando for tarde demais.

"deixei de estar disponível, perdoa-me"

ele caminha pela solidão nocturna dos quartos de hotel
e de fotografia em fotografia chega exausto
ao minucioso poema a preto e branco
mas já não o surpreende a violenta visão do mundo
este lento destroço que um liquido sussurro de prata
revela a partir de iluminada fracção de segundo
e bebe
e ama
e foge de si mesmo
com a leica pronta a ferir como uma bala ecoando
no fundo da memória um néon uma pedra
uma arquitectura de luz e sombra ou um deserto
onde se debruça para retocar os dias com um
lápis
na certeza que sobrevirá a estes perfeitos acidentes
a estes restos de corpos a pouco e pouco turvos
pelo tempo pelo sono ou pela melancolia
mas regressa sempre à transumância das cidades
quando a alba do flash prende o furtivo gesto
sobre o papel fotográfico morre o misterioso fugitivo
depois
vem o medo
que se desprende do olhar imobilizado
e do rosto fotografado
nasce uma vida de infinito caos

Como hoje é o dia mundial da poesia pareceu-me bem postar aqui um poema de um autor que não conheço há muito tempo, nem de quem me posso afirmar fã, mas que já ando a ler umas coisas e tenho gostado bastante... é o "Retrato de um Fugitivo", do Al Berto.

"E se eu voltar pra trás será que dizes que sim outra vez?"

there's still a little bit of your song in my ears
it's still a little hard to say what's going on...

"I'm sorry I can't always find the words to say but everything I ever known gets swept away"

"Not talking 'bout a year, no not three or four
I don't want that kind of forever in my life anymore
(...)
But forever never seems to be around when it ends
So give me your forever
Please, your forever! Not a day less will do...
(...)
But no not me I won't let my forever roam
And now I hope I can find my forever a home"

Porque tantas vezes prometemos coisas que não cumprimos, porque as coisas mudam, e mudam mais rápido do que imaginamos, porque não fazemos nada enquanto podemos, e depois é tarde... é assim a vida. E o "para sempre" não significa "para sempre", mas sim "até acontecer alguma coisa que me faça mudar de ideias".

Infelizmente...

Aprendi a não prometer nada que não tenho a certeza que possa cumprir. E o "para sempre" deixou de existir. Carpe Diem e amanhã logo se vê...

"Oooh, so baby let's get it on, drinking wine and killing time, sitting in the summer sun..."

26 de Maio, 22h... EU VOU LÁ ESTAR! :D

no Rock in Rio subentenda-se... vou lá estar com mais um monte de gente a assistir ao concerto dos Jamiroquai... que só pode ser assim aquele augezão!
Já para não falar que vai ser um concerto assistido pelas Vencidas da Vida, já que as outras duas vão por arraste por causa da Ivete.. :P
Enfim, todos os ingredientes para uma noite memorável!

(a única boa notícia do meu dia!)

"Há sempre alguém que nos faz falta..."

Onde tu estás volta a vida
Por onde passas floresce o deserto
O teu olhar faz brilhar o céu.
E ao coração volta a paz
Onde tu estás
Onde tu estás.

Perdi-o. De vez.
Pois, parece que tudo é assim... juntos há 3 anos, sem nos separarmos por nada. Com ele enfrentei o mundo, mudei, cresci... foram amores e desamores, dias perfeitos, concertos fantásticos, amigos que não se esquecem, sítios maravilhosos e agora dum momento para o outro puff.. faz-me pensar que tudo na vida é assim! E nunca pensei perdê-lo... Apesar de ser substituível, não tem o mesmo valor sentimental que o anterior! Velhinho, completamente podre, mas ainda assim o meu querido brinco perdido na aula de natação!! :P

nada de gozar, eu dou mesmo valor a estas coisas!

"It all happened much faster than you can say disaster, want to take a time-lapse and look at it backwards..."

JACK BRUTALISSIMO!


- E porque há coisas que o tempo não muda... Por muitos anos que passem vai ser sempre assim.
Há coisas que simplesmente não se conseguem esquecer!

:)

Gosto. Gosto, gosto, gosto... e muito.

Gosto de ouvir os primeiros acordes do Don't Look Back In Anger e do Liam a começar a cantar. Gosto de rir. Gosto de ver fotografias velhas e de ter saudades do que já não volta. Gosto do Calvin, da Susie e do Hobbes. Gosto do Hobbes quando é só um tigre de peluche. Gosto do ritual de ver o OC aos Domingos. Gosto dos meus postais na parede e do meu poster do Malibu. Gosto da praia. Gosto do mar. Gosto de sextas-feiras. Gosto de gelados. Gosto das maratonas de compras com a Ana em que não paramos nem para ir à casa de banho. Gosto de todas as vezes que oiço o Give it Away me parecer que seja a primeira e de sentir exactamente a mesma coisa. Gosto do Miguel Soares e de ele me lembrar o meu Miguel. Gosto de escrever. Gosto do Ricardo Reis e do seu estoicismo. Gosto do Kurt Cobain e apesar de ele já ter morrido cada dia que passa consigo gostar mais. Gosto do Fernando Pessoa e tenho pena de não o conhecer o suficiente ainda. Gosto do macaquinho do Jack. Gosto do Jack e da Sally, e de ouvir os Blink com a Maryanne sem nunca nos cansarmos. Gosto do Eça e da geração dos "vencidos da vida". Gosto das Vencidas da Vida e de ouvir as nossas músicas. Gosto do 'Bairro do Amor' do Jorge Palma e gosto de lá ir passar uns tempos, quando as minhas viagens mentais o permitem. Gosto dos meus montes de ténis. Gosto do verão e daquilo que o verão me traz. Gosto do Caetano Veloso. Gosto do 'As Time Goes By' do Tony Bennett e de imaginar a minha mãe a cantar-mo quando eu era pequena. Gosto das séries da televisão e de me rir com elas. Gosto do Jay Kay e dos seus chapéus. Gosto da sensação de chegar a casa depois de montes de tempo fora e dormir na minha cama com a minha almofada o máximo que conseguir. Gosto de falar das coisas que gosto. Gosto das músicas de que já ninguém se lembra. Gosto de tocar guitarra e de aprender o Nunca me Deixes com a Bitoca no verão. Gosto de paisagens paradisíacas. Gosto do Curious George que é do mais fofi que pode haver. Gosto de ver o rio pela janela. Gosto da minha janela na aula e de o sol me bater na cara de manhã. Gosto das pessoas que me dizem alguma coisa, que significam mais que muito e que me fazem sorrir. Gosto de ouvir o Shine On You Crazy Diamond sempre, mas principalmente naquelas madrugadas de verão em que se pode abrir a janela de tanto calor e não se vê ninguém na rua. Gosto das frases dos livros. Gosto da baixa, do chiado e gosto ainda mais de lá estar com a Raquel. Gosto de cantar com a Raquel. Gosto de me lembrar dos bons momentos e das conversas importantes. Gosto de Foz de Arouce. Gosto de quem gosta de Foz de Arouce. Gosto de andar e de cantar nos raids. Gosto de oferecer presentes às pessoas que gosto mesmo sem motivos aparentes. Gosto de todas as vezes que vejo o Romeo + Juliet. Gosto de acordar quando me apetece, e de abrir as janelas para entrar o sol. Gosto de chocolate. Gosto de ser tão feliz.

"I know a girl... she puts the color inside of my world!"

E porque hoje é o dia da mulher... às mulheres da minha vida! :)

Mana Raquel - por estares sempre lá, por me ouvires sem refilar, porque te amo, porque somos parecidas, porque somos irmãs.
Maryanne - "don't waste your time on me you're already the voice inside my head." e nao preciso de dizer mais porque já disse tudo.
Annie - simplesmente porque 'everybody wants to rule the world' e porque há aquelas coisas que só tu percebes genero modjos moles e bicassas! Só rir, e gosto de ti minha monstra preferida!
SL - :D porque sempre que penso em ti sorrio, porque de longe estás sempre aqui, comigo, sempre, para sempre, porque és querida e pequenina e porque "eu nem preciso de olhar para ti para saber o que esperas de mim..."
Bola - aquela base. verão verão verão férias férias férias colónia colónia colónia bolas :D sem ti não era nada disso!
Barbie - porque és o meu xuxu e a minha florzinha, a minha barbie beleza tropical, não a maior mas sim a melhor definitivamente! amo-te!
Beli - mesmo desaparecida eu amo-te, sempre sempre. E eu não tenho uma, porque se tivesse, eras tu.
Las, Jü, Bany - babes do meu coraçãoo :D "mas mesmo longe vós estais perto ao pé de mim pois entre amigos é assim!" sabem que estão sempre lá mesmo que muitas vezes não pareça nao sabem?
Caroline, Paixãozinha, Pequenina - agora não estando todos os dias com vocês é que me apercebo da falta que tantas vezes me fazem... gosto de vocês minhas meninas!
Bitoca - sem palavras pa! és a maior!

acho que não me esqueci de ninguém... se esqueci peço montes de desculpas, sabem para onde reclamar! ;)

"Abdica, e sê rei de ti próprio."

A flor que és, não a que dás, eu quero.
Porque me negas o que te não peço.
Tempo há para negares
Depois de teres dado.
Flor, sê-me flor!
Se te colher avaro
A mão da infausta esfinge, tu perere
Sombra errarás absurda,
Buscando o que não deste.

Ricardo Reis

Os Convencidos da Vida

"Todos os dias os encontro. Evito-os. Às vezes sou obrigado a escutá-los, a dialogar com eles. Já não me confrangem. Contam-me vitórias. Querem vencer, querem, convencidos, convencer. Vençam lá, à vontade. Sobretudo, vençam sem me chatear. Mas também os aturo por escrito. No livro, no jornal. Romancistas, poetas, ensaístas, críticos (de cinema, meu Deus, de cinema!). Será que voltaram os polígrafos? Voltaram, pois, e em força. Convencidos da vida há-os, afinal, por toda a parte, em todos (e por todos) os meios. Eles estão convictos da sua excelência, da excelência das suas obras e manobras (as obras justificam as manobras), de que podem ser, se ainda não são, os melhores, os mais em vista. Praticam, uns com os outros, nada de genuinamente indecente: apenas um espelhismo lisonjeador. Além de espectadores, o convencido precisa de irmãos-em-convencimento. Isolado, através de quem poderia continuar a convencer-se, a propagar-se?

(...) No corre-que-corre, o convencido da vida não é um vaidoso à toa. Ele é o vaidoso que quer extrair da sua vaidade, que nunca é gratuita, todo o rendimento possível. Nos negócios, na política, no jornalismo, nas letras, nas artes. É tão capaz de aceitar uma condecoração como de rejeitá-la. Depende do que, na circunstância, ele julgar que lhe será mais útil. Para quem o sabe observar, para quem tem a pachorra de lhe seguir a trajectória, o convencido da vida farta-se de cometer «gaffes». Não importa: o caminho é em frente e para cima. A pior das «gaffes», além daquelas, apenas formais, que decorrem da sua ignorância de certos sinais ou etiquetas de casta, de classe, e que o inculcam como um arrivista, um «parvenu», a pior das «gaffes» é o convencido da vida julgar-se mais hábil manobrador do que qualquer outro. Daí que não seja tão raro como isso ver um convencido da vida fazer plof e descer, liquidado, para as profundas. Se tiver raça, pôr-se-á, imediatamente, a «refaire surface». Cá chegado, ei-lo a retomar, metamorfoseado ou não, o seu propósito de se convencer da vida - da sua, claro - para de novo ser, com toda a plenitude, o convencido da vida que, afinal... sempre foi. "

Alexandre O'Neill, in 'Uma Coisa em Forma de Assim'