Monday, December 31, 2012

doismiledoze

Trezentos e sessenta e cinco dias depois tenho que olhar para trás senão parece mal. Por acaso dei de caras com o que escrevi o ano passado. Em relação ao que esperava, sim, acabou a tese, acabou o mestrado, estou a trabalhar e não houve muito drama nesse processo, houve mais filmes e mais música mas menos livros. Houve Londres outra vez, e Milão, e Roma, e Barcelona, e Estocolmo e Dusseldorf. Não fui a São Paulo mas acho que vai haver mais oportunidades. Voltei a Varsóvia uma e duas vezes e à terceira foi mesmo para lá ficar. Houve neve em Janeiro e às vezes quando vejo o Palácio da Cultura (agora mais longe, é verdade), da janela da sala tenho saudades do Cristo Rei.
2012 foi descobrir coisas que lá estavam desde 2011 e eu não sabia. Foi sustos com os avôs e as avós mas continuam cá todos. Foi um novo membro na família alargada e mais um a caminho. Foi emagrecer um bocadinho mas nunca o suficiente. Foi uma casa nova numa cidade que já não era nova. Foi montes de gente nova e dois ou três chamados amigos novos. E saber mais uma vez que os antigos estão lá e que não vão a lado nenhum - continuamos afastados mas é só fisicamente. Foi festivais e foi Lux, e Ópera, e menos Platinum que já não é a mesma coisa. Foi aprender uma língua nova de raíz e agora falá-la todos os dias. Foi esperar até ao fim - e levar isto para 2013 - que todas as minhas asneiradas ao longo do ano não se repitam, e sejam perdoadas por quem de direito, e quem sabe dar uma volta de 180º.

Confesso: é bom rever os troféus. E 2013, quero o que quero todos os anos e que os teus antecessores me deram. Mas desta vez quero mais uma coisa, que não te vou pedir aqui mas logo dou um descanso ao meu cepticismo e em todas as uvas digo a mesma palavra. Pode ser que funcione.

Sunday, December 23, 2012

i like your looks when you get mean

Numa tentativa de dizer tudo sem dizer rigorosamente nada, as coisas em que não devia pensar vêm-me todas à cabeça porque muito simplesmente oiço isto. É como as coisas que não devia fazer e faço, o "cuidado que o chá está quente" mas queimo-me sempre. Há uma atracção pelo abismo, uma vertigem que não se consegue controlar, olha-se sempre para baixo e é o medo de cair que nos faz querer olhar mais uma vez. E outra. E sete.

 

Thursday, December 20, 2012

vinte e quatro

Um dia tem vinte e quatro horas, eu tenho (agora) vinte e quatro anos. Passei os 23 a dizer que já tinha 24 e portanto faz com que seja o meu ano mais longo. Faz sentido, que hoje o meu dia vai ter 25 horas. Começou em Varsóvia, vai acabar em Lisboa, e cheio de surpresas e de alegrias de todos aqueles que eu mais gosto.

Ontem fiz umas mini-resoluções - é que para mim, o ano começa agora. Se tudo correr bem, daqui a uma semana ou duas já as quebrei a todas.