Tuesday, May 29, 2007

e até parece que estou a mentir...

Ao menos, se for sombra antes, lembrar-te-ás de mim depois
sem que a minha lembrança te arda ou te fira ou te mova.
Porque nunca enlacamos as mãos, nem nos beijámos
Nem fomos mais do que crianças.

Ricardo Reis

Sunday, May 27, 2007

just good friends

"Dançar como amigos,
Se fosse possível,
Dois pares de sapatos,
Levantando pó,
Dançar como amigos só."

- Sérgio Godinho

Friday, May 25, 2007

o puto pode não saber tudo, mas ao menos sabe aquilo que quer.

Sunday, May 06, 2007

Primeiro, nascemos. Somos pequenos e totalmente indefesos perante o mundo grande, tão grande, de um tamanho que tão cedo não saberemos qual é. Choramos para nos fazermos ouvir, e só depois começamos a falar, a andar, a descobrir esse tal mundo que afinal não é mais que a nossa casa e as pessoas que nos rodeiam.
Depois vamos para a escola e descobrimos que o nosso mundo afinal é maior, há mais pessoas, mais países, que a Terra é grande e redonda, aprendemos a escrever e a ler, fazemos desenhos, jogamos à bola e esfolamos os joelhos nas inúmeras quedas, brincamos com as bonecas e imaginamos que a nossa vida vai ser assim, numa mansão cor-de-rosa com um armário cheio de vestidos e um descapotável encarnado. Que vamos ser médicos, pintores, veterinários e astronautas. Descobrimos que se comermos muito bolo de chocolate ficamos enjoados, e que se corrermos de meias pelos corredores escorregamos e caímos.
Até que crescemos mais um bocadinho e sabemos então que a Terra tem 12.760km de diâmetro. Conhecemos mais pessoas, achamo-nos muito crescidos, lemos livros que nos levam a conhecer outros mundos, outros tempos, outras formas de viver e revistas que nos mostram o mesmo mundo visto pelos olhos de outros, viajamos, ouvimos muita música, cantamos e dançamos e aprendemos que vamos crescer, mas talvez não para sermos astronautas ou viver numa mansão.
Um dia, acho que vamos parar, olhar para trás e sorrir ao lembrar tudo isto que já passou e não volta. Nessa altura, espero já ter a minha "mansão", com a tal sala cheia de livros em estantes que vão até ao tecto e milhares de cds. Mas não é preciso chegar a essa altura para constatar que a saudade com que recordamos tantos momentos passados é também a certeza de que fomos felizes. E se o fomos realmente, é graças à pessoa que nos ajudou a crescer. Que nos trouxe ao mundo, que ficava connosco para não chorarmos, que nos ensinou a falar e andar, que nos punha pensos nos joelhos e nos dava um beijinho "já passou?" - para depois nos ver a correr a seguir, que nos lia histórias antes de dormir, que não nos deixava comer demasiado bolo, que nos mostrou que podíamos ser tudo o que quisessemos, que nos levou a viajar, a quem roubámos os cds, que nos diz que temos que crescer e que sabemos que aconteça o que acontecer, vai lá estar sempre.
Sim, chegámos à conclusão que Shakespeare tinha razão. "O que importa não é o que tens na vida, mas sim quem tens na vida". Nós temos-te a ti. Parabéns M.

Thursday, May 03, 2007

num dia como HOJE.

Somewhere - there's a place for you
I know that you believe it too
Sometimes if you wanna get away
All you gotta know is what we got is here to stay
All the way

:)

Tuesday, May 01, 2007

o TAL

Hoje numa viagem pelo YouTube, que como muitos sabem agora ocupa bastante do meu tempo, desde que descobri que estão lá as minhas queridas séries já há muito retiradas de emissão na sic radical, como a Popular, o Life as We Know It, o That 80's Show e tantos outros de que tinha mesmo saudades, e portanto estou a reviver os momentos televisivos felizes da minha vida há três/quatro anos. Ontem, não me perguntem porquê, lembrei-me que uns anos antes desses via uma coisa que talvez conheçam, chamada... O TAL CANAL.
Sim, O Tal Canal, programa do Herman, que dava há uns bons milénios e cuja música me vem à cabeça mais vezes do que gostaria "o tal canal, o tal canal, o tal o tal o tal o tal o tal canaal". Pode tornar-se bem irritante repetida até à exaustão, acreditem! A minha primeira constatação foi que SIM, o youtube não me desiludiu! :D estava lá o genérico, a música, as personagens todas, tudo! A segunda foi que, infelizmente, nenhum dos meus amigos partilhou comigo a minha felicidade porque de facto, eles NÃO VIAM O TAL CANAL. How strange is that? Decidi portanto mostrar ao mundo, para que possam de facto um dia vir a sentir a mesma felicidade que eu quando encontrei este vídeo no youtube:


Adoro a tua luz, a tua cor, o teu sinal
Mas o que mais adoro em ti é o Tal Canal
Adoro a tua voz, a tua escrita, a tua oral
Mas o que mais adoro em ti é o Tal Canal
Adoro o teu olhar, teu gaguejar, teu ar fatal
Mas o que mais adoro em ti é o Tal Canal
Adoro a tua grelha, a tua taxa, o teu jornal
Mas o que mais adoro em ti é o Tal Canal

O tal canal (o tal canal)
O tal canal (o tal canal)
O tal o tal o tal o tal o tal canal

Adoro o teu andar, teu ondular sinusoital
Mas o que mais adoro em ti é o Tal Canal
Adoro os teus botões e etcetera e tal
Mas o que mais adoro em ti é o Tal Canal
Adoro assim ligar-te e desligar-te no final
Mas o que mais adoro em ti é o Tal Canal
Adoro e em geral dá-me a impressão que faço mal
Mas posso lá passar sem ti, sem O TAL CANAL!

Tinha que reviver este momento :D será que têm os Riscos no YouTube? :P